MAIS DE 100 PROFISSIONAIS CONCLUÍRAM FORMAÇÃO PARA MELHORAR O SOCORRO EM LISBOA

Preparação para cenários de catástrofe

Mais de uma centena de profissionais da Proteção Civil de Lisboa concluíram, esta quarta-feira, dia 19 de abril, a formação Medical Response to Major Incidents (MRMI), no Templo Radha Krishna, no Lumiar. O objetivo é melhorar a preparação destas equipas, não só no contexto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mas também para outras situações de emergência na cidade.

A formação teve início na passada segunda-feira, dia 17 de abril, e decorreu ao longo de três dias. A ação foi organizada pela CML, através do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) e contou com a participação de 157 profissionais, de 28 entidades. O curso MRMI teve as suas primeiras edições na ilha da Madeira, sendo que depois se começou a estender a outras partes do país.

O objetivo deste curso “é dar uma resposta em caso de desastres”, explicou António Marques, diretor desta edição e coordenador da equipa médica que estará na JMJ. Ao mesmo tempo, é ainda “um exercício de gestão de risco, que promove ainda a noção da importância da equipa multidisciplinar”. Esta é a segunda vez que se realiza o curso MRMI em Lisboa. Esta última edição contou com 34 formadores e uma equipa de apoio do SMPC da capital.

Algumas das entidades presentes na iniciativa são, por exemplo, o Ministério da Administração Interna (MAI), Ministério da Justiça, Ministério da Saúde, entre outras. O objetivo desta ação é juntar o maior número de entidades e profissionais para que exista uma resposta eficaz e eficiente no contexto da JMJ.

O evento realiza-se em Lisboa, entre os dias 1 a 6 de agosto. No entanto, esta capacitação treina também os operacionais para dar a melhor resposta possível noutro tipo de ocorrências.

Preparação para cenários de catástrofe

O MRMI é uma formação especializada na área da emergência e catástrofe e junta todas as entidades que pertencem à Proteção Civil. Esta formação baseia-se num modelo de simulação avançada, com base num jogo, com vários níveis de dificuldade. Neste sentido, os operacionais treinam e simulam diversos cenários. Estas passam por acidentes, transportes, pré-hospitalar, gestão de hospitais face a cenários de multivítimas, triagem, corredor de evacuação e estrutura da comunidade numa resposta a um incidente.

Desta forma, pretende-se capacitar todos os agentes de Proteção Civil para dar a melhor resposta em caso de catástrofe. O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, esteve presente no último dia desta formação, a qual considera imprescindível para a capital. “Estamos a falar de equipas muito bem preparadas”, disse. “Este curso é um investimento na segurança da cidade”, acrescentou o autarca, reforçando que esta formação foi paga pela autarquia.

“Este é curso diferente dos outros e vai preparar estas pessoas para quando algo acontecer”, prosseguiu Moedas. Contudo, o edil salientou que a formação tem como principal objetivo a preparação das equipas para a JMJ, que vai trazer a Lisboa cerca de um milhão de pessoas. “A JMJ vai correr muito bem, mas temos de estar preparados”, reiterou o autarca. Ainda na sua visão, esta é uma “formação única no mundo e que vai preparar ainda melhor a cidade” para eventuais emergências que possam vir a surgir.


Formação serve para o futuro

“Esta preparação é uma doação a todos os lisboetas”, sublinhou Moedas. O autarca considera que, para além da JMJ, a formação irá também servir “para o futuro”. Sobre as Jornadas, Carlos Moedas avançou que a obra “já está em fase muito avançada”, e o resultado deverá ser apresentado muito em breve.

Por sua vez, e devido às temperaturas elevadas que se deverão sentir na altura do evento, o presidente da Câmara de Lisboa referiu ainda, aos jornalistas presentes, que a autarquia está a pensar em soluções, em parceria com os bombeiros, para mitigar as consequências do calor.

Estas medidas, assegurou o autarca, podem passar por refrescar o local ou pela entrega de garrafas de água. “Vamos fazer o que normalmente se faz em eventos de grande dimensão, mas multiplicado”, concluiu o autarca. Para além de Carlos Moedas, estiveram também presentes no último dia da formação a secretária de Estado da Saúde, Margarida Tavares, o secretário de Estado da Saúde e da Proteção Civil da Região Autónoma da Madeira, Pedro Ramos, e ainda a Diretora do SMPC de Lisboa, Margarida Castro Martins.

Quer comentar a notícia que leu?