Num combate necessariamente global de mitigação e adaptação às alterações climáticas, também a nível local há espaço para implementar medidas. Este é o entendimento da Câmara Municipal de Almada
Algumas cidades já têm alguns projectos em desenvolvimento. Em Almada há uma «espécie» de «laboratório vivo para a descarbonização», que visa estudar a redução das emissões de dióxido de carbono em questões de mobilidade.
O vereador do Ambiente, Energia e Espaços Verdes da Câmara de Almada, Nuno Matias, considera: «as alterações climáticas são um desafio do presente, não são futuro, nem são um risco. São uma realidade e, perante esta, temos duas escolhas possíveis: podemos sofrer, não fazendo nada, ou enfrentar o problema».
Esta afirmação do autarca almadense foi proferida no decorrer um Workshop sobre Riscos, Impactes e Vulnerabilidades, no âmbito do Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas da Área Metropolitana de Lisboa (PMAAC-AML), organizado pela Câmara Municipal de Almada e pela Área Metropolitana de Lisboa.Este seminário, que decorreu no Fórum Municipal Romeu Correia, no centro de Almada, pretendeu aprofundar o conhecimento do fenómeno das alterações climáticas a nível regional, tendo em vista a construção de um «território intermunicipal mais preparado para enfrentar as dinâmicas climáticas do presente e aquelas que se projetam para o futuro».
Do ponto de vista do autarca é necessário «construir uma estratégia local, estruturada e integral, que nos permita realizar um diagnóstico das vulnerabilidades do concelho de Almada. Temos que assumir que existe um problema.»
Recordando o aumento da temperatura média do globo e os esforços que têm vindo a ser feitos, através de acordos internacionais em matéria de ação climática, Nuno Matias assumiu a «urgência de agir».
Esta certeza, leva o autarca a defender que, se queremos um futuro melhor, temos que nos adaptar as mudanças que já estão a ocorrer. «Podemos negociar com o homem mas não podemos negociar com a natureza», concluiu.


Entre as várias medidas que estão previstas pela AML Carlos Carvalho referiu-se à nova rede de transportes públicos, a entrar em funcionamento no dia 1 de Abril, e que vai cobrir os 18 concelhos da Área Metropolitana.