ALVALADE QUER ACABAR COM O CAOS DO ESTACIONAMENTO

Uma população envelhecida, a necessitar de diferentes respostas sociais, falta crónica de lugares de estacionamento e facilitar o acesso à cultura de todos, são algumas das preocupações do atual presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, José Amaral Lopes, que, inclusivamente, já criou um Conselho Consultivo para as politicas sociais e de saúde, com Maria de Belém e Adalberto Campos Fernandes.

Avenida da Igreja, em Alvalade, é um dos sinónimos maiores da vitalidade do comércio local, todos os dias se enche de vizinhos em compras e em passeio, num buliço que é sinal de vida e de negócio para o comércio local. Mas nem tudo está bem na concorrida avenida: nos passeios, há vida, mas na estrada o caos impera. O estacionamento não dá resposta à procura.

Para o recém-eleito presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, José Amaral Lopes, a necessidade de criar mais estacionamento «é inquestionável». O autarca eleito pela coligação Novos Tempos promete pugnar, no decorrer do mandato, pela construção de mais espaços de estacionamento na freguesia, provavelmente parques subterrâneos. Mas, como salienta, este é um problema que se arrasta há décadas. «Já durante o consulado do Eng.º Kruz Abecassis (1979 a 1989) se falava na necessidade de construção de um parque de estacionamento na Avenida da Igreja», adianta o autarca, para sublinhar que, neste momento, «a junta está a trabalhar com a Câmara Municipal em projetos que já tem mais de 20 anos, para tentar minimizar o problema de estacionamento na freguesia».

Contudo, como reconhece, a resolução do problema não é fácil, devendo-se optar pela criação de parques subterrâneos para criação de mais lugares de estacionamento». Mas, conforme adianta, construir um parque de estacionamento na Avenida da Igreja não é exatamente uma ideia nova. Em 2004, um estudo previa a construção de um parque com 520 lugares em toda a extensão comercial da avenida e implicando um estaleiro a céu aberto, o corte de árvores e o encerramento à circulação automóvel durante um ano e meio. A ideia, entretanto, abandonada, é agora substituída por um projeto que prevê um parque subterrâneo no Largo Frei Heitor Pinto, junto da Igreja, com cerca de 200 lugares.

Todavia, para José Amaral Lopes, as opções que vierem a ser encontradas para o estacionamento na freguesia, tem que conciliar os interesses dos moradores e dos comerciantes, tendo em vista um crescimento harmonioso de Alvalade.

Apoio aos mais idosos

Por outro lado, segundo o autarca, uma outra situação que o preocupa prende-se com os «problemas naturais que decorre em do envelhecimento da população, principalmente no domínio da saúde, da segurança e no combate ao isolamento e à solidão» dessa granja de residentes.


Para José Amaral Lopes, «as pessoas pelo facto de serem mais velhas sentem-se mais vulneráveis, mais frágeis e, por isso, é necessário protege-las e transmitir-lhes uma maior sensação de segurança e de confiança no espaço onde habitam».

Assim, e tendo em vista responder a esta «necessidade que todos reconhecem» e também pelo facto de as autarquias, hoje em dia, «terem mais responsabilidade nessas matérias», a Junta de Freguesia de Alvalade decidiu criar um Conselho Consultivo para as Politicas Sociais e de Saúde, onde pontuam nomes como os dos ex-ministros da Saúde Maria de Belém e Adalberto Campos Fernandes.

José Amaral Lopes explica que a «Junta está a desenvolver projetos e, consequentemente, precisa de especialistas para os ajudarem a desenvolver medidas concretas». Daí, a necessidade de criar esse Conselho Consultivo, que conta também com a colaboração dos centros sociais e paroquias, Santa Casa Misericórdia e de alguns ministérios.

«Enfim, como refere, com todas as instituições que já trabalham na freguesia, porque é uma necessidade que todos reconhecem», recordando que têm sido realizadas ações com o principal objetivo de alertar a população para a problemática do isolamento de pessoas de idade maior, sinalizando os «sinais de alerta aos quais todos devemos estar atentos e partilhando os nomes e contactos das instituições com competência em matéria de idade maior pertencentes ao grupo de trabalho».

Valorizar cultura

Já no domínio da cultura, José Amaral Lopes, que foi secretário de Estado da Cultura e vereador da Cultura de Lisboa, durante a presidência do prof. Carmona Rodrigues, quer uma maior ligação às escolas, porque os hábitos culturais «tem de ser criados logo no início. Desde tenra idade».

Do ponto de vista de José Amaral Lopes, a cultura «é um sector de que tenho de valorizar», até por causa dos cargos que ocupou nesse sector.

Desta forma, e tendo sempre presente  que a Cultura integra os elementos (Conhecimento, Valores, Património e Criação e Produção Artísticas) essenciais ao Homem para compreensão do Outro  e do Mundo e para o exercício pleno da Cidadania, o atual Executivo da Junta de Freguesia reafirma o propósito de promover e apoiar as iniciativas culturais e artísticas que tenham como principal objetivo promover o acesso à Cultura e à experiência das Artes, em particular,  dos cidadãos que, por razões de mobilidade, vulnerabilidade ou fragilidade física e situação social e económica, maiores dificuldades sentem no acesso às iniciativas e eventos de natureza artística e cultural.

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