AML GARANTE TRANSPORTES NA GRANDE LISBOA

Depois de negociar o regresso gradual da oferta de autocarros fora da rede Carris ao longo das próximas semanas, a Área Metropolitana de Lisboa garante que 40% de serviço nos transportes rodoviários dos operadores privados vai ser reposto.

A partir da próxima semana, os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa vão contar com mais autocarros. A AML pretende, segundo um comunicado hoje divulgado, que a oferta de transporte rodoviário suba para os 40% nos próximos dias, normalizando-se assim, de uma forma gradual, os transportes públicos na região

Carlos Humberto de Carvalho, primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa, defende que, «num momento em que se clarificaram as fontes e mecanismos de financiamento para os serviços de transporte público, a AML está a concentrar esforços para que todos os operadores rodoviários reponham, nos próximos dias, níveis de serviço equivalentes a mais de 40%, tendo por referência os serviços normais, fazendo, assim, com que algumas necessidades, justamente identificadas também pelos utentes, sejam supridas a curto prazo».

Segundo este responsável, «neste contexto de incerteza pandémica, a oferta rodoviária será reposta, de uma forma faseada, mantendo-se, ainda, as contingências em vigor, entre as quais a necessidade de salvaguardar as distâncias de segurança entre passageiros e a adoção de comportamentos que minimizem o risco de contágio também aos motoristas».

Esta reposição gradual, que resulta de um «compromisso e vontade de resolução por parte da AML, dos municípios e dos operadores rodoviários, será conduzida mediante uma análise permanente dos serviços de transporte, conjugada com as medidas de contingência a que estamos todos sujeitos», refere o comunicado emitido pela AML.

«A situação atípica em que o País se encontra inviabiliza um planeamento de serviços de transporte consistente e estável, o que, por essa razão, implica a necessidade de fazer, permanentemente, diversos ajustamentos», revela a AM que recomenda, por isso, a atenção e consulta de informação sobre os serviços em vigor nos canais de comunicação dos operadores rodoviários.

Pagamentos a operadores


O comunicado acrescenta, ainda, que a AML «tem cumprido os seus compromissos financeiros, atempadamente, com todos os operadores de transportes, independentemente da sua natureza rodoviária, ferroviária ou fluvial, e, no caso concreto do mês de abril, antecipou inclusivamente os seus pagamentos, no sentido de evitar que as situações de lay-off, decididas pelas empresas rodoviárias de natureza privada, pudessem representar cortes mais substanciais nos serviços prestados à população da região metropolitana de Lisboa».

Para a Área Metropolitana de Lisboa existe uma «vontade inequívoca de continuar a trabalhar em equipa, com as autarquias e com as empresas de transporte, em prol de uma oferta de serviço público de transportes de qualidade, que sirva, de uma forma equilibrada e justa, todos os seus utentes».

A Área Metropolitana de Lisboa recorda, em comunicado, que os transportes públicos, foram substancialmente reduzidos em função das medidas de contenção da pandemia do novo coronavírus Covid-19, e da posterior declaração de estado de emergência, decretada pelo governo.

Desde meados de março, as empresas rodoviárias sofreram uma quebra entre 80% e 90% no número diário de passageiros. Para compensar as transportadoras, o Governo vai usar parte da verba dedicada aos passes e autorizar que os 15 milhões de euros do programa para reforçar a oferta de transportes públicos (PROTransP) sirvam para a cobertura do défice de exploração dos operadores de transporte não cobertos pelos apoios concedidos ao abrigo do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART).

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