CENTRO CULTURAL DE ALGÉS AO SERVIÇO DAS ARTES

Os alunos de música e os da Informática sénior do Centro Cultural de Algés já regressaram às aulas. Todas as normas emanadas pela DGS e pela Câmara de Oeiras estão a ser escrupulosamente cumpridas.

Todos os equipamentos, como o Centro Cultural de Algés (CCA), contribuem para democratizar a cultura e integrar as populações, permitindo um melhor exercício da cidadania e o acesso, facilitado, a bens e serviços culturais, destaca o secretário da União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha, Dafundo e Cruz Quebrada e, por inerência, Diretor Executivo do Centro, José Fernando Antunes, que anunciou também a retoma das atividades do CCA e um eventual alargamento das ações desenvolvidas pela instituição.

«Temos de encontrar na programação uma forma de fazer cidade e cultura», apostando na «construção de uma nova cidadania», preconiza José Fernando Madeira Fortunato Antunes, defendendo, por outro lado, a necessidade de se encontrar um novo espaço físico para a implantação do Centro Cultural de Algés.

À semelhança do presidente da União de Freguesias, Rui Teixeira, o diretor executivo do CCA advoga a «transferência» desta instituição para um «outro local, com melhores acessos e possibilidade de estacionamento», porque os 180 frequentadores deste espaço, principalmente os mais velhos, tem dificuldades em se deslocarem «até às atuais instalações».

Os dois responsáveis da União de Freguesias confessam que, neste momento, estão a decorrer negociações com a Câmara Municipal de Oeiras para se encontrar um espaço, numa zona mais central, para se «montar» o Centro Cultural, o que iria possibilitar o aumento da oferta cultural desta instituição.

O Centro Cultural de Algés é um espaço de iniciativa pública, parte integrante, enquanto valência, da União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo (UFALCD), e tem como principal objetivo o ensino da música, das artes e a promoção do desporto e da saúde. E, por isso, nas suas instalações funcionam ateliês de cerâmica e pintura, informática para séniores (com alunos com perto dos 90 anos), aulas de dança, piano, guitarra e viola, bem como um grupo coral, entre outras atividades.

Anualmente, os seus alunos realizam dois espetáculos, um no fim do ano letivo e outro no fim do ano.


Inaugurado em setembro de 1979, o CCA funcionou, durante 25 anos, no Palácio Anjos, em Algés, tendo mudado para as atuais instalações na Avenida da República 75C, por cedência da Câmara Municipal de Oeiras, devido ao elevado estado de degradação do Palácio.

Novos talentos descobertos no CCA

Ao longo destes anos, o CCA tem «descoberto» vários talentos no campo das artes. Muitos alunos de música têm sido aí descobertos e encaminhados para o Conservatório Nacional, onde terminam os seus estudos musicais e, posteriormente, ingressam numa carreira profissional.

«Descobrimos talentos. Existem alguns dos nossos estudantes que, hoje, fazem artes cénicas e integram orquestras. Estamos felizes em ter este espaço, que melhora o conhecimento cultural dos alunos e do cidadão», destaca José Antunes.

«A maioria chega aqui com o objetivo de perder a timidez, os medos. Depois, fica diante do mágico, do encantador e do fascinante mundo da música e das artes», destaca o diretor executivo do CCA, salientando que esta entidade cultural transporta «uma mensagem que inspira o jovem, as crianças e os mais velhos a um mundo melhor».

Desenvolver e dinamizar cultura

O Centro Cultural de Algés apresenta-se, hoje, como o principal instrumento para a prossecução de uma política pública concreta de integração e dinamização sociocultural da população das três Ex freguesias que compõem a União de Freguesias (Algés, Linda-a-Velha, Cruz Quebrada e Dafundo), contribuindo para uma diversificação da oferta educativa, cultura, desportiva e de lazer, minorando as situações de carência social e cultural e contribuindo para a melhoria efetiva da qualidade de vida da população.

As atividades desenvolvidas pelo Centro Cultural de Algés, ao longo de cada ano letivo, são asseguradas e lecionadas por «um corpo docente habilitado, de elevada formação e focados na excelência, coadjuvados pela competência e empenho dos funcionários, que representam também a garantia de uma séria prestação de serviço à população em geral», acrescenta José Antunes.

Entre os vários objetivos que norteiam as suas atividades, José Antunes destaca:  desenvolvimento integral da população, em especial das crianças, dos jovens e dos idosos, através da promoção da educação, da cultura, da arte, do desporto e da saúde; despertar, desenvolver e orientar aptidões de carácter artístico e cultural, estimulando diferentes formas de comunicação e expressão artística, bem como a imaginação criativa, integrando-as de modo a assegurar o desenvolvimento sensorial, motor e afetivo dos seus utentes».

O CCA propõe, por outro lado, o desenvolvimento da educação artística genérica, da prática desportiva e de terapias para a promoção da saúde a todos os cidadãos, sem limite de idades e especialmente dirigida aos residentes na União das Freguesias, proporcionando aos utentes, independentemente das suas aptidões ou talentos específicos, a componente artística interativa, indispensável a uma equilibrada formação.

Neste centro são ministradas aulas coletivas e individuais nas áreas da música, das artes e do desporto, dirigidas a alunos com idades compreendidas entre os 8 e os 80 anos, e também a alunos com dificuldades de aprendizagem, aos quais são ministradas várias disciplinas individual ou coletivamente.

 

 

 

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