O presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, enviou um esclarecimento à comunicação social, na tarde desta quarta-feira, dia 9 de novembro, no qual nega ter influência na contratação como secretária do gabinete do PSD naquela autarquia, da mãe de Alexandre Poço, antigo candidato deste partido à Câmara de Oeiras nas autárquicas de 2021, desconhecendo este grau de parentesco, e lamenta que o seu nome esteja a ser usado em “guerras internas” no PSD, partido do qual Isaltino Morais abandonou em 2005.
“Como presidente da Câmara de Oeiras e pessoalmente, venho lamentar que guerras internas em estruturas do PSD, através de denúncias anónimas, arrastem o meu nome para a praça pública”, escreveu Isaltino Morais na nota enviada às redações, ressalvando que, nesta autarquia, “não há trocas de favores e de lugares ou uso de dinheiros públicos para adquirir poder nas estruturas de partidos”.
O edil de Oeiras refere-se assim às notícias divulgadas esta semana que o acusam de estar envolvido em esquemas de contratos fictícios para benefícios próprios, e que para além de Oeiras, envolveram ainda buscas na Câmara de Odivelas e na Junta das Avenidas Novas, em Lisboa. “Nenhuma das empresas suspeitas de fazer contratos fictícios com a administração para proveitos próprios foi contratada pelo Município (incluindo o SIMAS de Oeiras e Amadora), durante o tempo no qual aqui exerci ou exerço funções”, prosseguiu Isaltino Morais, que diz ainda “não ter nada a ver com as perseguições internas do Partido Social Democrata”, recordando que deixou de ser militante deste partido em 2005.
“Não interferi na contratação da secretária do gabinete do PSD na CMO e nem sequer sabia, até ontem, que a senhora era mãe” de Alexandre Poço, atual Deputado à Assembleia da República, acrescentou Isaltino Morais, que pede ainda, “a bem do regime democrático e no respeito pelo bom nome e dignidade das pessoas, em geral, e dos titulares de cargos políticos, em particular, para que as autoridades de investigação e a imprensa tomem medidas que impeçam julgamentos na praça pública”.
Fotos: Arquivo OL

