Já abriu o novo Centro de Arte Moderna Gulbenkian

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) inaugurou, esta sexta-feira, 20 de setembro, o Centro de Arte Moderna Gulbenkian e a requalificação da Rua Marquês de Fronteira. Esta é uma obra de um milhão de euros, financiada pela autarquia e teve início em janeiro deste ano.

Abriu ao público, esta sexta-feira, 20 de setembro, o Centro de Arte Moderna Gulbenkian, um espaço desenhado por Kengo Kuma e Vladimir Djurovic. Esta obra foi desenvolvida no âmbito da estratégia da Câmara Municipal de Lisboa (CML) em melhorar o espaço público, integrando um conjunto de intervenções no eixo Largo de São Sebastião – Praça de Espanha, entre as quais a requalificação do troço entre a Rua Dr. Nicolau Bettencourt e a Rua Marquês de Sá da Bandeira. “Estamos aqui a fazer cidade, cidade verde, mas também a cidade da arte contemporânea” que faz de Lisboa “centro do mundo”, realçou o presidente da autarquia, Carlos Moedas.

O autarca deixou ainda uma palavra de agradecimento à Fundação Calouste Gulbenkian, pelo novo Centro de Arte Moderna, e que, nas suas palavras está “ao nível do que se faz em Paris, Londres e Nova Iorque”. A obra foi iniciada em janeiro deste ano e o projeto foi todo desenhado pela CML, coordenado pela Lisboa Ocidental SRU, e em articulação com a Fundação Calouste Gulbenkian. Estas obras permitiram criar ainda um acesso público ao jardim da Fundação, que fica mesmo junto ao renovado Centro de Arte Moderna (CAM). Este espaço alberga uma significativa coleção de arte moderna e contemporânea portuguesa, bem como obras de artistas internacionais, e é inspirado no conceito de Engawa, ou seja, na interação entre o interior e o exterior.

Estreitar a ligação entre o edifício, a natureza e a cidade

O objetivo desta requalificação foi ainda criar uma maior relação entre o edifício, o jardim e a cidade, afirmando-se como um espaço cultural que acolhe as pessoas e as encoraja a conviver com a arte de uma forma integrada no seu dia-a-dia. Para além de um novo muro, mais baixo, que serve como espaço de estadia e descanso, a nova configuração melhorou também a circulação e a acessibilidade para peões e ciclistas, ampliando o espaço disponível. Assim, será possível apreciar melhor o espaço verde que caracteriza aquele local. O novo CAM conta agora com um átrio transparente, ligando visualmente o novo jardim ao resto da Fundação.

No espaço, foi ainda criada uma nova galeria com 1000 metros quadrados, que receberá exposições da coleção do CAM. Esta galeria está ladeada por uma Sala de Desenho dedicada à apresentação da extensa coleção de obras sobre papel da Gulbenkian. O novo CAM alberga uma importante coleção, com quase 12 mil obras de arte, entre pinturas, esculturas, instalações, desenhos, gravuras, fotografias e vídeos/filmes de alguns dos artistas mais conceituados do país, como Helena Almeida, Paula Rego e Vieira da Silva.

Ao mesmo tempo, a coleção conta também com um conjunto significativo de obras de arte francesa e britânica, incluindo trabalhos de Sonia e Robert Delaunay, David Hockney e Bridget Riley. A obra representa um investimento municipal de cerca de um milhão de euros, e a sua abertura ao público coincidiu com a conclusão da intervenção na Rua Marquês de Fronteira, num “espaço público junto à rua, que também é um bom trabalho da Câmara Municipal”, afirmou ainda Carlos Moedas, na visita ao novo espaço cultural.

Fotos: CML – Manuel Rodrigues Levita e Nuno Correia


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