LISBOA CELEBRA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820

O Museu de Lisboa vai celebrar o bicentenário da Revolução Liberal, iniciada por tropas aquarteladas no Porto e que, rapidamente, alastrou a Lisboa, onde, 50 anos depois, foi inaugurada a estátua ao rei D. Pedro IV, fundador da monarquia constitucional.

Para recordar o bicentenário da Revolução Liberal, o Museu de Lisboa integra o programa Relembrar a Revolução de 1820 – Liberdade e Cidadania, liderado pelo Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, que marca o ano de 2020 com um conjunto alargado de iniciativas.

Numa lógica de complementaridade a esse programa, o Museu de Lisboa, no Palácio Pimenta, ao Campo Grande, revisita o monumento a D. Pedro IV, escultura pública que, não obstante ter sido materializada muito depois dos acontecimentos de 1820, está intimamente ligada a essa memória cívica do rei fundador do novo regime.

No piso superior do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta a exposição revisita a história de um monumento que levou mais de 35 anos a ser erigido. Para além de peças inéditas do acervo do Museu de Lisboa – caso dos testemunhos que foram colocados na base da estátua aquando da sua colocação sobre o pedestal e descobertos em 2001 -, a mostra conta com obras procedentes de outras instituições, como o Museu Nacional dos Coches, a Biblioteca de Arte da Fundação de Calouste Gulbenkian, a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e o Arquivo Histórico do antigo Ministério das Obras Públicas, hoje tutelado pela Secretaria-Geral da Economia.

Em 2020, além de se celebrar o bicentenário da Revolução Liberal de 1820, celebra-se também os 150 anos da construção do Monumento a D. Pedro IV, erigido na antiga Praça do Rossio – rebatizada como Praça D. Pedro IV – e inaugurado a 29 de abril de 1870.

Recorde-se que, no dia 24 de agosto de 1820, as tropas estabelecidas na cidade do Porto, aos gritos de «levar a redenção aos cativos lisbonenses» iniciaram a Revolução Liberal, para exigir o regresso do monarca de D. João IV e preparar a convocação de cortes com vista à elaboração de uma Constituição para o país.  Assim se dava o primeiro passo na edificação de um regime de monarquia constitucional em Portugal que representaria um marco decisivo na trajetória de evolução da sociedade portuguesa ao longo do século XIX, nas suas múltiplas componentes (social, económica, política, institucional e cultural).

Programa


De 16 julho 2020 a 10 janeiro 2021

De terça a domingo, das 11h às 17h

Visitas pelos comissários

De 16 jul (17h) a 25 jul (11h)

Inscrições: info@museudelisba.pt | Lotação: 8 pessoas por visita

Visita «D. Pedro IV: um herói no coração de Lisboa»

19 jul, 11h e 15h; 29 ago, 15h30; e 10 out, 15h30

  1. Pedro IV, rei de Portugal durante apenas dois meses – entre março e maio de 1826 -, protagonizou uma das maiores mudanças políticas de Oitocentos, dando início ao regime da monarquia constitucional. Na visita à exposição O monumento a D. Pedro IV, desvenda-se a vida do homem cuja estátua se encontra no Rossio, coração de Lisboa, e as muitas vidas desse monumento, inaugurado em 1870.

JAZZ NO QUINTAL – SÁBADOS DE JULHO ÀS 16 HORAS

Bruno Santos e Ricardo Toscano

Rita Redshoes lançou o desafio que o guitarrista Bruno Santos e o saxofonista Ricardo Toscano concretizaram. De março a maio, os músicos e vizinhos tocaram «juntos», cada um no seu quintal. Nos sábados de julho, trocam os seus quintais pelos jardins do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta. Uma oportunidade para relembrar um repertório jazzístico que passa por Cole Porter, George Gershwin, Jimmy Van Heusen, entre tantos outros.

Rita Redshoes junta-se aos músicos na última sessão, no dia 25 de julho.

LEITURAS NOS JARDINS

O jornalista Nuno Miguel Guedes é o anfitrião das sessões de leitura, recebendo, em cada domingo de julho, escritores e músicos convidados. Miguel Lobo Antunes, Carlos Barreto, Ricardo Ribeiro, Miguel Loureiro, Rita Redshoes, Miguel Sopas, Francisco Ramos, Raquel Marinho, David Ferreira, Gabriel Muzak, Marta Hugon e Giulia Cat são alguns dos nomes já confirmados nestes encontros nos quais «iremos encarar a beleza da solidão através do que de melhor deixou a literatura e a poesia. Sem medos nem angústias. Apenas da melhor maneira: juntos. Celebremos esta maravilhosa certeza de que a solidão nunca irá estar sozinha», explica Nuno Miguel Guedes. Entrada gratuita

FESTIVAL PALÁCIO PIMENTA – JARDINS ABERTOS

O Museu de Lisboa integra mais uma edição dos Jardins Abertos, festival que, desde 2017, abre os portões de jardins privados, semiprivados, institucionais e públicos a toda a população. Mais uma ocasião, entre visitas orientadas de cariz histórico e botânico e oficinas para famílias, de redescobrir os jardins do Palácio Pimenta, as suas histórias e biodiversidade. Entrada gratuita.

PERCURSOS PARA PERCORRER LISBOA

A cidade nova – Lisboa após o terramoto de 1755 – 9 JUL · 16H30 · PARTIDA: TEATRO ROMANO;

Da Ribeira à estalagem do Rossio – 12 JUL · 11H30 E 15H · PARTIDA: CASA DOS BICOS

A Lisboa rica – À descoberta da cidade manuelina – 16 JUL · 16H30 – PARTIDA: CASA DOS BICOS;

Passeio em Felicitas Iulia Olisipo – 19 JUL · 11H30 E 15H – PARTIDA: TEATRO ROMANO;

A cidade afonsina – Lisboa Medieval – 23 JUL · 16H30 – PARTIDA: CASA DOS BICOS

 

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