LISBOA PREPARADA PARA NOVA VAGA DA COVID COM MAIOR CENTRO DE VACINAÇÃO DO PAÍS

Vem aí a “nova” vaga da Covid e, por isso, Lisboa acautelou-se e tem, a partir de amanhã (quarta-feira), a funcionar o maior centro de vacinação do País. Vai estar na Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, e segundo Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, vai ser «uma grande mudança para positivo». «Temos 300 espaços de estacionamento gratuito e vamos manter o pagamento dos táxis para todos», garantiu.

O processo de vacinação em Lisboa vai sofrer mudanças a partir de quarta-feira, com a abertura de “um grande centro” no Parque das Nações e o encerramento dos restantes, com exceção do da Ajuda, revelou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, adiantando que, desta forma, Lisboa conseguirá duplicar o número de utentes que existiam por dia no centro de vacinação localizado no Parque das Nações em relação aos anteriores centros de vacinação.

Este centro de vacinação, que entra em funcionamento amanhã, quarta-feira, vai ter 60 postos e «uma capacidade para realizar até 9 mil inoculações contra a covid-19 ou gripe por dia». Ou seja, segundo Carlos Moedas, «houve uma duplicação da capacidade» dos centros de vacinação: «Tínhamos quatro centros a funcionar com capacidade para três mil utentes por dia. Neste momento, vamos ter seis mil utentes aqui, mais mil na Ajuda».

Carlos Moedas, que fez questão de se deslocar hoje a este centro, porque «amanhã é dia de trabalho» e, por isso, não se deve «incomodar quem trabalha», destacou que com o novo centro, que abre portas no feriado do 1º de dezembro, no Pavilhão 4 da atual FIL, é possível «encontrar uma solução» para o problema de se vacinar em Lisboa».

Repetindo a afirmação que este centro é o  “único no país” e que consegue «duplicar numero de utentes que tínhamos por dia», Carlos Moedas salientou o facto de existir neste espaço «um conforto completamente diferente daquele que era o existente». O presidente da Câmara de Lisboa fez questão de salientar, em resposta a algumas criticas quer do PS, quer do BE por ter centralizado a vacinação em Lisboa no Parque das Nações e na Ajuda: «Tenho a certeza que assim que começar a funcionar, quando virem as condições que vão ter aqui vai ser uma grande mudança para positivo».

Carlos Moedas sublinhou que as condições que anteriormente existiam «não podiam continuar» defendendo que a «universidade precisa dos locais que estavam a ser usados», acrescentando que «a questão não era uma questão de querer mudar, não tínhamos esses locais».

Mais conforto


«Vacinar no verão é diferente de vacinar no inverno», sublinhou Moedas, recordando que com as atuais condições existiam «pessoas idosas à chuva em pé», o que não sucede agora com este novo pavilhão que tem capacidade para albergar «todas as pessoas». Falando na qualidade de cidadão e não na de presidente da Câmara, Carlos Moedas, autarca de Lisboa realçou que as condições de «conforto são completamente diferentes daquele que era o existente, até porque vem aí o Inverno”.

Questionado sobre a falta de proximidade ao centro da cidade, Carlos Moedas referiu que continua a estar disponível o serviço de táxi gratuito dos utentes para a vacinação, através do número 218 172 021, e há «300 lugares gratuitos para as pessoas estacionarem junto ao centro de vacinação na FIL».

Relativamente ao custo deste novo centro, o presidente da autarquia disse que o «espaço está a ser cedido a custo zero pela AIP» e como tal «o custo é o mesmo que tínhamos antes, é o custo das limpezas».

A necessidade de mudança dos centros de vacinação, segundo adiantou, já era conhecida «muito antes das eleições», a autarquia já sabia que «tinha de mudar» os locais dos antigos centros de vacinação e «encontrar algo melhor».

«Muito antes das eleições, esta situação era uma realidade. Os locais que tínhamos não podiam continuar. Nós estamos a retomar a nossa economia, a nossa vida. A Universidade de Lisboa precisa daquilo que são os locais que estavam a ser utilizados. O Centro Hindu precisa dos locais que estávamos a utilizar», esclareceu o presidente da autarquia Lisboeta.

«A Câmara Municipal já sabia dessa situação e o grande trabalho foi de encontrar algo melhor. E algo melhor porque vacinar no verão é muito diferente de vacinar no inverno. Não podemos ter situações como temos visto em todo o país de idosos à chuva e ao frio em pé durante muito tempo», garante.

«Aquilo que a pandemia hoje exige do decisor político é a antecipação», afirmou o autarca, que se encontrava acompanhado nesta sua visita pela diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil, Margarida Castro Martins, e pelo presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Pisco., que se referiu aos problemas existentes com alguns agendamentos de vacinação pedindo desculpas a todos «os lisboetas que foram vacinados em péssimas condições, à chuva e ao sol».

Luís Pisco, que agradeceu também a todas as entidades que disponibilizaram os espaços, referiu-se «às condições deste magnifico espaço», que é um «protótipo do que deve ser um pavilhão de vacinação» com capacidade para duplicar as inoculações.

Aproveitando a ocasião, para apelar às pessoas que tem agendamento marcado para comparecerem à hora marcada e que a Casa Aberta vai funcionar em termos normais, lembrando que este «é um processo complexo e que, nem sempre, as coisas poderão correr bem».

 

 

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