LOURES APRESENTA PROJETOS PARA O CONCELHO NO SALÃO IMOBILIÁRIO DE PORTUGAL

Requalificação da habitação municipal

A Câmara Municipal de Loures (CML) está presente no Salão Imobiliário de Portugal (SIL), que arrancou esta quinta-feira, dia 4 de maio. Neste certame, que termina domingo, dia 7, a autarquia está a dar a conhecer os seus ativos imobiliários, infraestruturas e acessibilidades, para captar mais residentes e investidores.

Desta forma, Loures está a apresentar vários projetos já realizados no concelho e outros previstos em áreas como a Saúde, Mobilidade e Acessibilidades, Educação e Ambiente, no Salão Imobiliário de Portugal. Alguns dos projetos em curso, recorde-se, são o Centro de Saúde do Catujal, no valor de 3,3 milhões de euros, e o Centro de Saúde do Tojal, que custará 4,3 milhões de euros, bem como as futuras Unidades de Saúde Familiar de Camarate e Bobadela.

Por outro lado, até 2030, o munícipio espera ainda investir mais de 45 milhões de euros na área da Educação. Aqui, irá proceder à requalificação de diversos estabelecimentos de ensino e à construção de novos equipamentos escolares, em várias freguesias do concelho. Por outro lado, a CML quer ainda construir um polidesportivo coberto em cada freguesia do concelho e um Complexo Desportivo Municipal no Infantado.

Requalificação da habitação municipal

“Estamos a fazer o que não foi feito em oito anos”, adiantou o presidente da autarquia, Ricardo Leão, ao Olhar Loures. O autarca esteve presente no primeiro dia da SIL, onde participou na Mesa Redonda “Os Desafios da Habitação”, juntamente com os presidentes das autarquias de Lisboa, Porto, Matosinhos, Seixal e Santarém. De acordo com Leão, a CML está atualmente “a requalificar a habitação municipal” do concelho de Loures, com recurso a fundos do PRR.

Por outro lado, refere que outra prioridade do atual executivo é criar “uma nova relação com os inquilinos”. Recorde-se que Loures tem cerca de 2.500 fogos municipais. Atualmente, tem cerca de 15 milhões de euros a receber de rendas de habitação social em dívida. “Vamos começar a cobrar essas dívidas, quem não pagar, terá de ser despejado”, prosseguiu o autarca. Contudo, Leão sublinha ainda que outra das necessidades do concelho é “a construção de habitações a custos controlados”, sendo que a autarquia já está a trabalhar neste sentido.

Número de pedidos de licença para construção de habitações aumentou

De acordo com a autarquia, até ao momento já foram licenciados mais de 519 fogos, os quais, na sua esmagadora maioria, destinam-se à habitação familiar. Este número representa um aumento de 12% face a 2011. Ao mesmo tempo, foram ainda autorizados 205 edifícios, dos quais 97% respeitam a novas construções. Loures é o quarto maior concelho da Área Metropolitana de Lisboa (AML), com mais de 200 mil habitantes. Atualmente, o custo mediano do metro quadrado no concelho é de 2.116 euros, sendo o quinto valor mais alto de toda a AML.

Habitação como outra das prioridades

Em paralelo, acrescenta Ricardo Leão, a Câmara de Loures está a ainda a trabalhar em parceria com várias empresas privadas para reforçar a oferta habitacional e empresarial no concelho. Para já, estão em cima da mesa 10 projetos. Estes irão para as localidades da Apelação, Bobadela, Bucelas, Loures, Sacavém, Santo António dos Cavaleiros, Santo Antão e São Julião do Tojal. Estas obras abrangem uma área de mais de 120 hectares, e vão permitir a criação de cerca de 4.500 novos postos de trabalho e a construção de 2.500 fogos.

Por sua vez, estes projetos dizem respeito ao Plano de Pormenor do Correio-Mor, Casal dos Reis, Planalto da Caldeira, Quinta da Ramada, Casal Ventoso e Val Bom, Quartel de Sacavém, e Plano de Pormenor da Quinta dos Remédios. Estas juntam-se à Hercesa – As Villas, Vaz Constrói – Infantado Plaza, e Quinta do Forte Velho. Alguns destas obras já estão em curso, sendo que outras irão iniciar-se muito em breve, adiantou Ricardo Leão. Para a Câmara Municipal de Loures, estes investimentos são importantes para atrair novos habitantes e investidores no concelho.


Apostar nas infraestruturas

Desta forma, é ainda fundamental apostar nas acessibilidades, tais como a construção de um acesso à A1 em São João da Talha, com o custo de três milhões de euros, e ainda a Via Urbana Interior de Loures, que representa um investimento de 3,5 milhões de euros. A Câmara de Loures quer ainda construir uma ligação à 2ª Circular em Sacavém. No entanto, para além dos acessos rodoviários, a autarquia quer também apostar num futuro Parque Urbano na Portela, a que se junta ao já anunciado passeio ribeirinho junto ao Tejo, e que terá ligação direta ao concelho de Vila Franca de Xira, bem como ao futuro Parque Verde, que ficará localizado na zona onde, em agosto, se irá realizar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Em 2022, fixaram-se mais 944 novas empresas em Loures

O concelho de Loures conta atualmente com mais de 21 mil empresas. Em 2022, 944 novas empresas estabeleceram-se no concelho, representando um aumento de 63% face a 2020.

Por isso, o munícipio está ainda a apostar na economia, através dos projetos Loures Business Hub e Loures Innovation Hub. A estes juntam-se os projetos FoodLab, localizado no MARL, e a futura Loures Academy, que pretende implementar programas de empreendedorismo nas escolas do concelho.

Por fim, outra das prioridades da autarquia é ainda a Adaptação às Alterações Climáticas, tendo já desenhado um plano municipal nesse sentido, com 12 medidas e 85 ações. Algumas delas são a reutilização de águas, a implementação de sistemas LED na iluminação pública, a aposta na mobilidade elétrica, e ainda a melhoria da gestão e recolha dos resíduos urbanos, entre outros projetos.

Todos estes investimentos podem ser conhecidos até domingo, dia 7 de maio, no Salão Imobiliário de Portugal, onde a Câmara Municipal de Loures estará com um stand. O certame realiza-se na FIL, no Parque das Nações.

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