OEIRAS QUER ACABAR COM ESTRANGULAMENTOS NO NÓ DE ACESSO À A5

“É necessário cumprir Abril todos os dias”. Esta foi a grande mensagem deixada pelo presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, durante as comemorações do 25 de Abril que, como se relata na edição impressa de Olhar Oeiras (já disponível para download), foram assinaladas com inaugurações e lançamento de obras e também com apelos ao fim dos estrangulamentos de trânsito registados no Nó de Oeiras, que dá acesso à A5.

Mais do que uma data, o 25 de Abril assinala o início de um processo que realizou profundas transformações e conquistas democráticas no nosso país. Em Oeiras, os 48 anos da revolução do 25 de Abril foram comemorados com a certeza que o concelho «cumpriu Abril» na habitação, saúde e educação, concretizando as ambições dos oeirenses e cumprindo o “melhor espírito de Abril”.

Assim, para além da sessão solene, a revolução dos cravos, em Oeiras, foi celebrado com inaugurações e lançamento de obras de requalificação e de construção da Alameda na Zona C, em Porto Salvo, demonstrando que, tal como há 48 anos, Oeiras está focada num único desígnio: “construir” e “desenvolver” o concelho, lembrando que a “responsabilidade cívica, individual e coletiva, é um dos grandes valores da liberdade”.

Melhorar a qualidade de vida das populações foi um dos desígnios do Movimento das Forças Armadas (MFA). E, em Oeiras, essa continua a ser uma das principais bandeiras do executivo, presidido por Isaltino Morais, que realizou obras de requalificação nas instalações que, no Palácio Ribamar, acolhem a Universidade Sénior Inter-Geracional de Algés (USILA), atual ACSA, com o intuito de as tornar mais ajustadas ao seu funcionamento e oferecer mais qualidade aos seus utilizadores: 217 alunos e 37 professores.

Mas, cumprir Abril também passa pela necessidade de uma nova mobilidade e na melhoria geral das acessibilidades do concelho que, segundo a vereadora Joana Batista, «estão no topo das prioridades da autarquia que quer acabar com os estrangulamentos de trânsito no Nó de Oeiras. A vereadora, que tem a seu cargo os pelouros das Obras Municipais, Ambiente e Qualidade de Vida, Proteção e Mobilidade e Transportes, sublinha que as acessibilidades em Oeiras “são um problema”, mas avança que a Autarquia tem já em carteira um conjunto de alterações que prometem inverter esta realidade, até porque, se nada for feito, o concelho “está em risco efetivo de perder muitas das empresas” que estão sedeadas no Concelho e, a continuar assim, “vão fugir para os concelhos vizinhos de Cascais ou Lisboa”.

No âmbito da mobilidade urbana e intermunicipal, a vereadora reforça que todo o concelho vai passar a ser servida por uma nova operadora de transportes (a Carris Metropolitana) que irá absorver o Combus. Segundo a autarca, esta nova rede de autocarros, que toma o lugar da Vimeca, irá incrementar “acentuadamente a rede de transportes coletivos no concelho”, com equipamentos “novos, confortáveis e mais sustentáveis”, prevendo-se o aumento de novas rotas – “traçadas em conjunto com a Câmara” – em trinta e oito por cento.

Vivemos tempos conturbados, ainda sob os efeitos nefastos de uma crise pandémica e com uma guerra que, a cada dia que passa, ameaça não só a Ucrânia, como o mundo, Oeiras, apesar de tudo, tem tido a capacidade de renovação e um sentido reformista das políticas e da própria organização do município.


Como se destaca na edição impressa de Olhar Oeiras, têm cumprido as três das grandes bandeiras de Abril que eram a habitação, saúde e educação. Em qualquer uma delas Oeiras tem cumpriu. Na habitação, o Concelho acabou com todos os núcleos de barracas existentes e está a desenvolver o seu plano Estratégico para o sector, que irá permitir um reforço da oferta municipal de habitação.

Na saúde, é conhecido o papel da autarquia no combate à pandemia, tendo inclusivamente adquirido equipamentos para a Direção Geral de Saúde. Todavia, para além de ter construído centros de saúde, o município – como anuncia a vereadora Teresa Bacelar – vai criar uma Casa Das Demências, em Carnaxide, e construir 4 novas unidades residenciais, semelhantes à Unidade Residencial Madre Maria Clara, na Outurela.

Já a União das Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias (UFOPAC) tem em curso vários projetos que pretendem dar uma resposta às necessidades das várias comunidades da freguesia, designadamente aos mais idosos, defende Madalena Castro, presidente da União de Freguesias, em declarações à margem das comemorações do 40º aniversário do Centro Nuno Belmar Costa, um equipamento da Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, que há 40 anos desenvolve um trabalho meritório com pessoas que sofrem dessa doença. Neste centro residem 22 utentes e as suas atividades ocupacionais são frequentadas por outros 22.

Na Educação, para além de ter criado bolsas de estudo, «para que nenhum aluno deixe de frequentar o ensino por questões financeiras», Oeiras tem tido um papel preponderante na criação de condições de trabalho para alunos e professores. Aliás, toda essa “pujança académica”, leva o vereador Pedro Patacho a anunciar que o Festival Internacional de Ciência vai decorrer entre 10 e 16 de outubro, em Porto Salvo e que, este ano, a grande novidade deste evento científico prende-se com a criação do primeiro Prémio de Comunicação de Ciência pela Câmara Municipal de Oeiras.

Mas, cumprir Abril também passa pela promoção e retorno à realização de eventos culturais e religiosos. Desta forma, nesta edição impressa de Olhar Oeiras também se fala do bicentenário da descoberta, em 31 de maio de 1822, da imagem de Nossa Senhora da Conceição, numa gruta próxima das margens do rio Jamor, e as Festas de Nossa Senhora da Conceição da Rocha que regressam ao Santuário da Nossa Senhora da Rocha, em Queijas, entre 20 e 29 de maio. Mas, no ano do bicentenário, a Irmandade de N. Senhora da Conceição, que gere o Santuário, ambiciona dar «os primeiros passos» para a criação de um núcleo museológico, para guardar o seu vasto espólio de arte sacra.

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