Oeiras aposta na democracia participativa para promover transparência e proximidade aos cidadãos de Oeiras que estão preocupados com a sustentabilidade ambiental do Concelho, depreende-se das propostas apresentadas no Orçamento Participativo.
Mais ciclovias, mais parques e zonas verdes, e ainda mais ecopontos nos vários locais do Concelho são algumas das propostas recebidas, existindo ainda projetos para a criação de parques caninos, assim como sugestões de implementação de mais postos de carregamento de veículos elétricos e criação de carreiras de transportes regulares entre as diferentes freguesias do concelho.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, o Orçamento Participativo surge na linha de uma «aposta clara na modernização tecnológica e desburocratização de processos à qual todos os autarcas se deveriam orientar», acreditando «convictamente no valor das ideias e na capacidade de inovação dos cidadãos».
Segundo Inigo Pereira, compete depois à Câmara Municipal de Oeiras analisar, do ponto de vista técnico, as propostas vencedoras desta primeira votação. Após esta apreciação, as propostas vencedoras voltam a ser submetidas a votação, já entre setembro e outubro.
Preocupações dos moradores
Um fato é que, este ano, são muitas as propostas feitas pelos oeirenses para serem incluídas no Orçamento Participativo. Todas refletem a preocupação dos moradores em relação a vários aspetos do município, desde a segurança, passando pela cultura, até ao cuidado com os animais.



Também ligada ao ambiente, está a ideia para um Museu do Lixo, que prevê um gasto de 300 mil euros. A proposta consiste na criação «de um espaço que teria o intuito de mudar as mentalidades relativamente ao que designamos como lixo, quando em muitos casos se trata de recursos, caso: do papel/ cartão, plástico, metal, vidro, rolhas de cortiça, etc.».
Mais ligada ao lazer está a proposta da criação de uma Piscina de Marés no Passeio Marítimo, que prevê um custo de 250 mil euros. O local seria apontado para a obra é nas Fontainhas, «uma vez que neste local a área é já delimitada quase naturalmente, bastando para tal ser desaterrada e nivelados os dois pontos de entrada e saída de água (a arcada e zona rochosa oposta). Ficaria uma piscina de marés quase natural, onde a construção de adaptação realizada pelo homem mal se notaria».