PODEMOS VOLTAR AO CONFINAMENTO GERAL

O Conselho de Ministros decidiu, hoje, apertar as restrições no fim de semana (só 25 concelhos ficam de fora). Contudo, só a partir do  dia 12 de janeiro diz ter dados seguros para saber até onde terá de ir. Assim, volta a estar proibida a circulação entre concelhos. António Costa admite confinamento como o que sucedeu em março, mas não quer fechar escolas.

A maioria dos concelhos do continente português, com exceção de 25, vão ter, no próximo fim de semana, proibição de circulação entre municípios e recolher obrigatório entre as 13:00 e as 05:00, foi hoje anunciado pelo Primeiro-Ministro, António Costa, no final da reunião do Conselho de Ministros, que aprovou o decreto que regulamenta a prorrogação do estado de emergência decretado pelo Presidente da República, em todo o território continental, no período entre as 00h00 do dia 8 de janeiro de 2021 e as 23h59 do dia 15 de janeiro.

Segundo António Costa, o Conselho de Ministros atualizou a lista dos concelhos de risco e procedeu ao agravamento das medidas para o próximo fim-de-semana, tendo por base a reavaliação da situação epidemiológica no país.

Em conferência de imprensa, após a reunião do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, explicou que essa medida inclui a proibição de circulação entre concelhos e o recolher obrigatório se aplica aos concelhos com mais de 240 novos casos de covid-19 por 100 mil habitantes.

«Só não se aplicam em 25 concelhos, em que o número de novos casos é inferior a 240», revelou António Costa.

Amanhã, sexta-feira, o primeiro-ministro vai já começar com audições de partidos e parceiros sociais para depois decidir o que serão as próximas medidas, que podem entrar em vigor «mais cedo» que o dia 15. Como as medidas atuais se têm concentrado nos fins de semana, António Costa admite estendê-las à semana.

O calendário foca-se no dia 12, dia em que haverá nova reunião com especialistas. Se os números se mantiverem como estão agora (acima dos dez mil casos por dia), o primeiro-ministro admite até a possibilidade de confinamento geral. «Sim, efetivamente o cenário que podemos ter como provável é um conjunto de medidas tipo que tivemos em Março», disse sobre a possibilidade de confinamento geral.


«O que temos feito até agora é fazer incidir as medidas sobre o fim de semana; um passo em frente significa estender ao resto da semana esse tipo de medidas, portanto, adotar medidas de confinamento mais geral, do tipo que adotámos em março passado. Não queria estar a antecipar medidas, como a esperança é a última a morrer, devemos ter a esperança de que os números de ontem e hoje sejam ainda um ajustamento do período que vivemos nas últimas semanas e que os dados daqui até dia 12 não confirmem esta evolução. Se o confirmarem, é necessário fazer o que é necessário fazer», vincou.

António Costa revelou que não pretende avançar no imediato com a suspensão da atividade letiva nas escolas devido à evolução negativa da pandemia de covid-19, mas admitiu medidas mais restritivas a partir da próxima semana.

«Há um grande consenso hoje entre os técnicos e os especialistas de que não se justifica afetar o funcionamento do ano letivo. Não devemos ter medidas que impliquem, como adotámos no ano letivo passado, a interrupção da atividade letiva», afirmou o chefe do Governo.

António Costa adiantou também que vai ouvir os parceiros sociais e os restantes partidos políticos sobre a hipótese da adoção de medidas mais restritivas. Questionado sobre o cenário de um novo confinamento, rejeitou antecipar medidas e assinalou a sua “esperança” de que o aumento de casos dos últimos dois dias não se prolongue até à próxima semana.

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