«Quero abraçar Alfama/antes de me lançar ao mar/teu povo muito de te ama/sempre que canta te chama/não há nada a recear/vou ter de partir, Alfama/de coração apertado/foste tu quem me deu fama». E, nesta memória coletiva, o Tejo sempre abraçou Alfama e antes de se «lançar ao mar», afiançava, em 2019, a Marcha de Alfama, durante o desfile na Avenida de Liberdade.

O bairro de Alfama – cantavam os marchantes – é um dos mais antigos e tradicionais de Lisboa, com sua cultura secular e encantos que fazem dele paragem obrigatória para quem deseja conhecer a essência lisboeta, com o rio à sua beira.

Por isso, é que para a marcha de Alfama: «Esta Alfama é toda nossa/aqui, agora, é bom ver/lutar tudo o que se passa/nunca o podemos perder/esta Alfama é toda nossa/que foi assim que deu quis/mas também pode ser vossa/se o coração assim vos diz».

Este foi o convite e a forma como os marchantes de Alfama encontraram para celebrar e homenagear a beleza do Rio Tejo, que ladeia o bairro e a ele empresta as suas cores, e o amor da população por Alfama, que recorda as tradicionais varinas e suas vozes a alegrar a população.