Os requisitos para entrar na Marcha da Boavista são apenas “gostar de marchar e ter espírito de marchante”, explica ao Olhares de Lisboa a responsável pela Marcha da Boavista, Bela Rebelo, que acrescenta que a organização da marcha aceita pessoas de fora da freguesia.
A Marcha da Boavista participa nas Marchas Populares desde 2016, sendo que, nos últimos seis anos, o melhor resultado “foi um décimo lugar, que, para nós, sendo uma marcha recente, é como se fosse uma vitória”, conta a responsável.
Para já, a marcha apresenta-se no Altice Arena no dia 3 de junho e depois no desfile na Avenida da Liberdade na noite de 12 para 13 de junho. O objetivo, segundo Bela Rebelo, “é conseguir o melhor resultado possível”. Na perspetiva de Bela Rebelo, o facto de a Boavista ser uma marcha recente “prejudica-nos nas pontuações”, a que acresce o facto de “nós sermos um bairro totalmente oposto aos tradicionais, visto que não temos turismo”.
A organização começou os ensaios em março, e não tiveram dificuldades em arranjar marchantes. “A nossa marcha já estava completa, tivemos apenas um ou outro que entrou agora pela primeira vez”, explica a responsável, acrescentando que todo o trabalho relacionado com a marcha, desde os arcos, aos figurinos, “foi tudo feito este ano, não fomos buscar nada de 2020, até porque quando fechámos a coletividade só tínhamos uma semana de trabalho”, explica a responsável da Marcha da Boavista, que é organizada pela Associação Recreativa Moradores Amigos do Bairro da Boavista.
Os ensaios para a marcha, segundo Bela Rebelo, “estão a correr bem” e decorrem no Pavilhão Desportivo do Bairro da Boavista, de segunda a sexta-feira, a partir das 22h00. O grupo de marchantes é composto por pessoas dos 25 aos 30 anos, todos residentes na freguesia. “A grande parte destas pessoas começou a marchar em 2016, ano em que a Marcha da Boavista foi criada”, explica Bela Rebelo.
Os ensaios, por enquanto, são realizados sem máscara, mas a responsável assegura que todos os participantes fazem testes regulamente. “Por enquanto, ainda não tivemos casos positivos, e esperemos que assim se mantenha”, acrescenta Bela Rebelo.
No entanto, e se algum marchante testar positivo, a alternativa será recorrer ao par suplente. A responsável explica ainda que os últimos dois anos, período em que não foi possível realizar o desfile das Marchas Populares de Lisboa, devido à pandemia, “foram muito tristes, foi muito difícil não ter a marcha, nem esta adrenalina toda relacionada com a marcha”.
Em 2022, os padrinhos da Marcha da Boavista são os atores José Raposo e Rita Blanco, e o ensaiador é Rafael Rodrigues Ribeiro, que já colabora com a marcha há três anos. Os figurinos são da responsabilidade de Paulo Miranda, as músicas estão a cargo de Flávio Gil (letras) e Carlos Dionísio (músicas), e as mascotes são dois filhos de marchantes.
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