FORTIFICAÇÕES HISTÓRICAS DE OEIRAS EM EXPOSIÇÃO

“Fortificações de Oeiras – Património do Tejo e do Mundo” é uma iniciativa que se encontra associada à apresentação das linhas de força do projeto de criação do Museu do Tejo.

Numa iniciativa da Câmara Municipal de Oeiras, foi inaugurada ontem a exposição Fortificações de Oeiras – Património do Tejo, que é realizada em parceria com a Espaço e Memória, Associação Cultural de Oeiras.

A orla ribeirinha de Oeiras estende-se sobre o Tejo conduzindo os canais de navegação até Lisboa, sendo este um cenário natural que serviu de escudo marítimo da capital entre meados do século XVI e o século XX, tendo daí resultado um conjunto de fortificações erguidas entre o Renascimento e a II Guerra Mundial.

Diz a sinopse da exposição que, “neste admirável museu vivo, projetado por uma plêiade notável de arquitetos e engenheiros nacionais e estrangeiros, destaca-se a fortaleza de São Julião da Barra, a maior fortificação marítima portuguesa, o forte do Bugio, ícone do Tejo e obra singular da engenharia militar, os pequenos fortes seiscentistas e setecentistas que pontuam a linha de costa e a cintura fortificada de baterias que nos séculos XIX e XX atualizaram os discursos arquitetónico, estratégico e artilheiro”.

Esta exposição é também aproveitada pelo Município de Oeiras para apresentar o projeto do Museu do Tejo que está inserido na candidatura a Capital Europeia da Cultura – Oeiras27, pretendendo, assim, constituir-se como um dos pontos fortes do eixo estratégico Oeiras Capital do Património Marítimo, tendo ficado estabelecido que o núcleo central do novo espaço museológico ficará sediado na Bataria do Areeiro.


Marcou presença nesta apresentação o comissário do projeto Oeiras 27, Jorge Barreto Xavier, que referiu que esta exposição representa um passo decisivo nas dinâmicas que câmara aprovou para o dito projeto, em concreto no que diz respeito ao eixo do património marítimo.

“Oeiras é, na sua génese, uma terra que nasce adjacente a Lisboa e que, ao longo dos séculos, teve uma afirmação na ligação ao mar, na ligação à produção agrícola na ligação à pesca e, com grande relevância, à atividade militar”.

Jorge Barreto Xavier terminou a sua intervenção realçando que a cultura é um dos mais fortes motores para que Oeiras consiga atingir os seus objetivos nos próximos anos.

Presente esteve também o presidente da autarquia, Isaltino Morais. Destacando as muitas intervenções do município na defesa do seu património, realçou o avanço estratégico definido para a Oeiras 27 na área do património marítimo, citando a criação do Museu do Tejo.

“Oeiras está a consolidar a sua presença na frente marítima a nível nacional e internacional”, acrescentando que “o município íntegra, no seu território, o maior número de fortificações marítimas a nível nacional”.

Debruçando-se sobre a mostra, Isaltino Morais esclareceu que a mesma revela a constante atenção do município às diversas formas de património de maneira que todos o conheçam e que dele desfrutem. “Um dos principais objetivos da exposição passa pela valorização do legado militar do concelho de Oeiras, passível de ser apreendido na sua verdadeira extensão e admirável diversidade e que se conclui com a apresentação do projeto do Museu do Tejo, do qual estimamos um investimento de 5 milhões de euros, esperando que esteja pronto até 2025”.

O autarca revelou ainda que a chave operativa de todo este valor patrimonial acumulado irá consubstanciar-se no futuro museu e a sua inscrição irá fortalecer-se enquanto base de um dos eixos temáticos da candidatura a Capital Europeia da Cultura Oeiras 27.

O presidente da câmara manifestou a intenção de, em conjunto com os municípios de Lisboa, Cascais e Almada, lançar a candidatura a património da humanidade o conjunto das fortificações da barra do Tejo.

Com a conceção e a direção de Fátima Rombouts de Barros e Joaquim Boiça, a exposição Fortificações de Oeiras, Património do Tejo e do Mundo estará patente ao público até ao dia 21 de agosto no Palácio do Egipto, sempre de terça a sábado, das 11h00 às 17h00. A exposição estará encerrada aos feriados.

Texto atualizado às 21h09

 

Quer comentar a notícia que leu?