NOVA CRECHE NA FREGUESIA DO AREEIRO SERÁ CONSTRUÍDA NESTE MANDATO

“O nosso foco e primeira necessidade é uma creche”, revelou Fernando Braamcamp em entrevista ao Olhares de Lisboa.

O presidente da Junta de Freguesia do Areeiro salientou que “esta é uma necessidade urgente da freguesia”, uma vez que atualmente só existe um equipamento do género, que tem uma capacidade mínima.

“Deveríamos ter pelo menos três equipamentos do género”, refere o autarca, que deu já a garantia que a nova creche será construída ainda neste mandato. “A CML vai entregar-nos um edifício que nesta altura serve para arquivo, situado no Bairro do Arco do Cego”.

Fernando Braamcamp falou ainda da reforma administrativa que uniu as antigas freguesias do Alto do Pina e São João de Deus. O social-democrata conta que, embora tenha sido bastante vantajosa, a reorganização “não foi a ideal”.

O presidente de junta fala de um “ano zero” referindo-se ao primeiro mandato entre 2013 e 2017, quatro anos nos quais foi necessário encontrar um ponto de equilíbrio após a união das freguesias.

“No primeiro mandato tivemos de recuperar muita coisa, como por exemplo os espaços da higiene urbana e adquirir equipamento”, explica o presidente de uma das freguesias que sofreu mais cortes orçamentais com a reorganização.

De acordo com o dirigente, é ainda necessário esclarecer a população que “as juntas não têm competências em muitas matérias, como é o caso do estacionamento ou segurança”.


Neste âmbito, Fernando Braamcamp abordou a situação no Bairro Portugal Novo, nas Olaias. “Pode haver gente com a mesma vontade para resolver o problema do Bairro Portugal Novo, mas com mais do que eu não há. Agora, sabemos as nossas limitações”.

Porém, o presidente da Junta de Freguesia do Areeiro coloca-se do lado da solução: “contem comigo para a encontrar”.

Diz também que “tem alertado para as questões de segurança”, tais como “ramais de eletricidade indevidamente colocados ou alterações estruturais dos edifícios”. Fernando Braamcamp “não queria que chegasse à uma situação de desgraça e que a solução viesse depois”.

No que diz respeito ao estacionamento, o presidente lembra que “a junta de freguesia não é um órgão que tenha a competência e capacidade para resolver tudo”, mas recorda ter alertado a câmara para as disparidades entre locais controlados pela EMEL e zonas sem essa fiscalização. “O trânsito ficava caótico nas zonas de estacionamento não pago e agora é toda gerida pela EMEL para não haver injustiças”, sublinha.

Apesar de não estar no centro histórico da cidade, a freguesia do Areeiro também tem sido afetada pelo fenómeno do alojamento temporário: “é um problema da cidade, está a ramificar-se mas não sabemos onde vai parar”.

Na opinião de Fernando Braamcamp, “devia haver limites por causa dos moradores”. À junta de freguesia, “compete saber a população, saber se está a diminuir e se está a ser transferida para a periferia”.

E acrescenta: “a cidade de Lisboa é dos lisboetas mas estamos a ver cada vez menos lisboetas”. Ou seja,

“o alojamento local é bom para a cidade mas depois de um determinado ponto pode ser prejudicial”, considera o dirigente.

Sobre o mandato anterior, o presidente de junta destacou a “grande aposta no apoio à terceira idade e população jovem”. De acordo com o social-democrata, “dado que as freguesias são um órgão de proximidade, temos de estar mais próximos”.

Para isso, a Junta de Freguesia do Areeiro desenvolveu “vários programas de apoios aos mais jovens e seniores”.

E elenca: “para a terceira idade, temos apoio económico, alimentar e de saúde (ninguém deixa de ter apoio no nosso posto clínico por falta de meios económicos. Depois temos outras atividades de ocupação, como a universidade sénior, ateliês ou ginástica”.

Para os mais jovens, a freguesia disponibiliza programas de apoio ao estudo e explicações.

Autarca desde 2005, Fernando Braamcamp revela que tem fomentado sempre uma boa relação com a Câmara Municipal de Lisboa, independentemente da cor política que a lidera

“Foi escolhido pelo PSD para concorrer mas quem me elege são os eleitores. Tenho de os respeitar. Eles não estão a eleger o partido. Estão a eleger o candidato. E tenho também que respeitar a decisão dos eleitores da cidade que escolheu o PS para a câmara municipal”, sustenta.

E conclui: “dou-me bem com todos os que queiram fazer bem pela freguesia do Areeiro”.

 

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