O Centro Social e Paroquial da Póvoa de Santo Adrião já se afirmou como parceiro natural das pessoas e das famílias, nas diversas valências que oferece, porque sentem que a instituição cuida de todos, principalmente dos mais carenciados e dos idosos.
O respeito pela dignidade humana é, do ponto de vista de Lúcia Rodrigues, a base desta instituição, criada em 2003 e que, atualmente, é uma referência na comunidade, «respondendo às necessidades das famílias e das pessoas e melhorando continuamente a sua intervenção na sociedade».
Esta instituição de solidariedade social começou «a sua atividade no terreno» em 2005 com um projeto de apoio domiciliário a idosos com 35 utentes e, meses passados, inaugurou uma creche (berçário e de crianças com 1/2 anos). Áreas que a freguesia não tinha e a comunidade necessitava.
Em 2006, foi assinado um acordo de cooperação com o Instituto da Segurança Social que permitiu começar a acolher com carácter solidário todos os que recorrem aos serviços, respondendo às suas necessidades e especificidades.
No fundo, como salienta Lúcia Rodrigues, a instituição é já um marco de responsabilidade social na comunidade, promovendo a comunhão de bens e de oportunidades e, ao mesmo tempo, é um «símbolo de ajuda e apoio aos mais necessitados e de desprendimento inerente a este projeto».
As pessoas primeiro…
Citando o padre Rui Valério, um dos grandes impulsionadores desta obra, Lúcia Rodrigues, considera «o ser humano é a nossa razão de ser, como o é por consequência, a sua promoção e formação como pessoa, fundamento profundo e mola impulsionadora do nosso trabalho».
Por isso, a missão principal deste centro é promover «o crescimento e o desenvolvimento das potencialidades da pessoa», em todas as suas dimensões social, profissional e cultural.
Por este motivo, a «nossa intervenção não pode reduzir-se ao mero “assistencialismo” que se limita a ver a pessoa como alguém passivo, ou seja, como objeto da ação que termina na necessidade atendida».
«Somos equiparados às IPSS, podemos dizer que somos uma organização com horizonte de intervenção alargado, pois não nos limitamos a dar apenas respostas tipificadas a necessidades diagnosticadas; somos, de certa forma, motores de toda uma comunidade, no sentido de a movimentar e comprometer para o desenvolvimento da solidariedade de âmbito local», defende. No entanto, esta responsável considera «importante abrir as portas ao exterior e ter capacidade de comunicar», lembrando que, apesar de tudo, «ainda existe um grande espírito de entreajuda na sociedade portuguesa».
Combater carências
E, é com base na solidariedade, espírito de entreajuda e inserção na comunidade, que o Centro Social Paroquial da Póvoa «criou» várias valências para responder a uma população com especificidades próprias.
Futuramente, com a ampliação do Centro Paroquial, cujas obras devem terminar no próximo ano, esta instituição pretende arrancar com novas valências. Assim, no ano letivo 2020/21 deverão entrar em funcionamento o Centro de Atividades Ocupacionais na área da deficiência; alargamento da creche; cozinha equipada, lavandaria e refeitório.