CÂMARA NÃO DESARMA: QUER METRO ATÉ LOURES

A Câmara de Loures não desarma: o metro é «inadiável» para o concelho, e, por isso, volta a pressionar o Governo para tomar decisões, porque, se a expansão não entrar no próximo quadro comunitário de apoio, o investimento pode «atrasar uma década ou mais».

A Assembleia Municipal de Loures aprovou, por unanimidade, uma moção do Bloco de Esquerda para a inscrição da obra de alargamento da rede do Metro ao concelho de Loures no próximo quadro comunitário.

A 20 de maio, os bloquistas já tinham questionado o Governo sobre se estaria «pronto a comprometer-se com a inscrição da obra de alargamento da rede do Metropolitano para os concelhos de Loures e Oeiras no próximo quadro comunitário».

Recorde-se que, segundo o ministro do Ambiente, José Matos Fernandes, estão em estudo projetos para a expansão do Metro para as zonas norte e oriental do concelho de Loures, nomeadamente pela extensão da linha azul para a Portela e Sacavém, e da linha amarela para o Hospital Beatriz Ângelo e Infantado, com passagem por Santo António dos Cavaleiros.

No entanto, o presidente da Câmara Municipal de Loures, revelou, por seu turno, que, decorrente das reuniões técnicas que se têm desenrolado entre aquela autarquia e o Metropolitano de Lisboa, a opção tende a incidir sobre o Metro de superfície, em detrimento do transporte pesado.

Do ponto de vista de Bernardino Soares, seja comboio subterrâneo ou de superfície, é «inadiável» tomar decisões sobre Loures, até porque «em Portugal, grandes infra-estruturas só se fazem com fundos comunitários» e é agora que se escolhe que projectos entram no próximo quadro de apoio., lembrando que a «Área Metropolitana de Lisboa já fez saber que o corredor de Loures é prioritário».

Segundo o presidente da Câmara de Loures, até hoje «ninguém perguntou à área metropolitana sobre os desenvolvimentos no Metro de Lisboa e a última palavra é do Governo», que, se não se inscrever no próximo quadro comunitário de apoio, este investimento pode «atrasar uma década ou mais».


Por seu turno, Fabian Figueiredo, dirigente nacional e coordenador da concelhia de Loures do Bloco de Esquerda, defende que «a expansão da rede do Metro para o concelho de Loures implicará avultados investimentos, por isso, tal como em várias outras obras, também este investimento deve poder beneficiar de fundos da União Europeia para comparticipar o projeto».

«Além disso», continua o dirigente bloquista, «a inscrição da obra no próximo quadro comunitário é uma garantia de que este projeto não será adiado sine die, como já aconteceu por diversas vezes no concelho de Loures».

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