As smart cities são um conceito cada vez mais na moda na sociedade actual, apresentando cidades onde se promove o desenvolvimento e a produção de soluções urbanas inovadoras. Tudo em prol do cidadão.
Promovido pela Altice Portugal, este encontro – que reuniu autarcas, empresas de tecnologia, engenheiros, arquitetos, urbanistas e simples curiosos – permitiu discutirnão as cidades do futuro mas as cidades do presente. Um tempo presente onde já se monitoriza informação sobre muito do que se passa, do trânsito ao nível de ruído, da qualidade do ar à segurança. A ligar tudo isto estão redes e a operar redes estão empresas de telecomunicações cujo futuro se traça a par e passo com o destas cidades. É, por isso, que Alexandre Fonseca, da administração da Altice, concorda com o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, quando este diz que «não são as cidades que têm de correr atrás da tecnologia, é a tecnologia que tem de ir atrás das cidades».
Todos esses dados têm hoje um valor que dificilmente seria imaginável há apenas uma década. Porquê? Porque passaram a ser medidos e depois de serem medidos passaram a ser analisados, e só depois disso, se tornaram verdadeiramente especiais. Ou, como diz Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal, «as pessoas falam muito em dados e acho que é um abuso de linguagem – e espero que seja. Porque onde está o valor não é nos dados, os dados por si são matéria prima em bruto, a seguir vem uma fase que é a informação mas já estamos numa terceira vaga: a de transformar informação em conhecimento que nos permita estabelecer padrões».
«É aqui que a cidade – ou as cidades – são um laboratório especialmente ativo, uma vez que pela concentração de pessoas e atividades escalam este desafio em várias frentes, do trânsito diário à segurança de pessoas e bens, do controlo da água que consumimos ao incentivos às famílias que se mostrem mais responsáveis na separação do lixo. É a tal cidade invisível que a cada segundo se move debaixo dos nossos olhos – ou melhor será dizer dos nossos ecrãs, botões e teclados já que cada vez mais há um interface digital nos pequenos atos quotidianos», salienta o vereador lisboeta Miguel Gaspar.
Mas, como diria Charles Darwin, «não é o mais forte das espécies que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o mais propenso a mudar», e, é por isso que as cidades devem aumentar a eficiência operacional e a economia de custos, melhorar a experiência das pessoas que servem e manter pessoas e bens seguros.
Desta forma, a transformação digital de um sistema urbano precisa atender resultados ambientais, financeiros e sociais. As cidades inteligentes utilizam a tecnologia para fornecer soluções para problemas com a iluminação pública, recolha de lixo, trânsito, construções de grandes edifícios, e o desperdício de água.