Exposição mostra propostas sugeridas para o Martim Moniz

A Câmara Municipal de Lisboa está a promover uma exposição, na Praça do Martim Moniz, que mostra as propostas submetidas no concurso internacional de requalificação desta zona. A mostra tem entrada gratuita e estará patente até 15 de abril.

As propostas sugeridas através do concurso internacional aberto pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) para a requalificação da Praça do Martim Moniz, vão estar agora, e até 15 de abril, em destaque numa exposição promovida pela autarquia. Assim, todos os visitantes desta praça icónica da cidade, poderão conhecer o processo participativo que levou à identificação dos critérios essenciais da intervenção. Foram apresentadas 21 propostas, e a escolha recaiu sobre o atelier FC Arquitetura.

O futuro da Praça do Martim Moniz foi apresentado ao público numa sessão que aconteceu a 5 de fevereiro, no Hotel Mundial. A requalificação irá trazer àquela zona um jardim e zonas de lazer, dando prioridade ao peão. Esta é uma obra que irá custar oito milhões de euros e será realizada no decorrer do ano de 2026, conforme disse na altura a vereadora com o pelouro do Urbanismo, Joana Almeida. “Temos agora a concretização desta proposta, o chamado estudo prévio”. Mais à frente, a autarquia irá realizar “uma nova apresentação do projeto, mais concreto e com todas as questões que foram aqui levantadas”.

Requalificação será realizada em 2026

A vereadora acrescentou também que esta nova apresentação deverá acontecer em junho. “Depois, será a fase do projeto de execução da empreitada”, acrescentou ainda. A obra será realizada durante o ano de 2026 e inaugurada no início de 2027. “É um calendário ambicioso”, considera Joana Almeida, que se mostrou confiante que a obra fique concluída no final de 2026. O projeto irá contar com um jardim, vontade esta que ficou expressa pela população no decorrer da consulta pública, que aconteceu em 2022. A obra pretende ainda acabar com o formato de ilha, abrindo o largo central e envolvendo-o com a área envolvente.

Na apresentação, as arquitetas responsáveis pelo desenho do projeto, Catarina Pacheco e Filipa Meneses, reforçaram que se pretende criar “um Jardim do Mundo”, com “respeito pelas vivências e culturas daquele espaço”. Ao mesmo tempo, haverá também “uma articulação com o tecido histórico da Mouraria e uma reorganização da circulação rodoviária”. Neste sentido, será criada uma rotunda, onde será possível fazer inversão de marcha e aceder ao Hotel Mundial. Será também aqui onde se irão concentrar os terminais dos autocarros e elétricos, existindo ainda a previsão para a construção de um apeadeiro, com abrigos e melhores condições de conforto para aqueles que aguardam pelo transporte público.

“Desconstruir” a ilha

A empreitada pretende também “desconstruir” a ilha existente no centro da Praça do Martim Moniz, através da retirada de uma das vias de trânsito, concentrando a circulação automóvel no lado da Rua da Palma. Já o eixo principal de circulação rodoviária terá duas faixas de rodagem em cada sentido, delimitadas por um separador central. As faixas do lado exterior são destinadas para os transportes públicos (incluindo o elétrico). Por sua vez, o passeio poente será alargado e serão criadas mais duas passadeiras. Uma delas terá uma ligação ao jardim através de uma rampa, ligando-se ainda à Capela de Nossa Senhora da Saúde e às Escadinhas da Saúde.

A mesma praça irá ainda receber uma ciclovia bidirecional que se irá ligar à ciclovia da Avenida Almirante Reis. Por fim, a obra quer ainda criar um muro de suporte, preservando assim parte da Muralha Fernandina, construída no século XIV. Este será fundado no parque de estacionamento subterrâneo e vai, assim, ajudar a elevar o solo. Haverá também uma praça em torno da Capela de Nossa Senhora da Saúde, que estará virada para um grande espaço verde. Este, incluí, no topo norte, um parque infantil, esplanada e uma cafetaria com um miradouro com vista para o Castelo de São Jorge.

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