JUNTA DO AREEIRO REVELA PROJETOS FUTUROS PARA A FREGUESIA, MAS ADMITE QUE A INFLAÇÃO VAI TRAZER ALGUNS DESAFIOS À GESTÃO

O presidente da Junta de Freguesia do Areeiro, Fernando Braamcamp, ouvido pelo Olhares de Lisboa, faz um balanço positivo do primeiro ano desde que foi reeleito, em 2021, e ao mesmo tempo, revela alguns dos projetos que estão a ser desenvolvidos na freguesia, tais como a criação de um espaço de co-working para nómadas digitais, ou a ideia para a criação de um TrotiParque, para reduzir o número de trotinetas espalhadas pela cidade. No entanto, o autarca admite que a situação financeira da junta não é a mais favorável e teme os efeitos da inflação.

Para Fernando Braamcamp, presidente da Junta de Freguesia do Areeiro, o balanço deste primeiro ano de mandato é positivo, e o mesmo salienta, ao Olhares de Lisboa, algumas obras que já conseguiu concretizar nestes 12 meses, tais como a conclusão do Parque da Alameda e de dois parques infantis que precisavam de obras de remodelação; e ainda a requalificação da Praça Bernardo Santareno, que deverá ficar concluída em breve.

Já as obras da Creche do Areeiro, iniciadas ainda no anterior mandato, deverão ficar prontas no primeiro trimestre de 2023. “Por isso, posso dizer que o primeiro ano foi positivo”, sublinha o autarca, sem esquecer ainda que a Junta de Freguesia continuou a financiar, com recursos próprios, o trabalho do Centro de Desenvolvimento Comunitário do Areeiro (CDC), situado no Bairro Portugal Novo, nas Olaias, que entretanto, deixou de ser financiado pela CML. Contudo, e dada a importância daquele centro para aqueles moradores e para aquela comunidade, Fernando Braancamp revela que a autarquia deverá voltar a apoiar o CDC já no próximo ano, algo que vem ajudar nos gastos da Junta.

Ao mesmo tempo, o presidente da Junta do Areeiro admite que o futuro poderá trazer alguns desafios a este órgão, devido ao aumento do custo de vida. “Estamos numa situação financeira grave e isso preocupa-nos, porque queremos continuar a dar o apoio social às famílias carenciadas”, explica. Para o presidente da Junta do Areeiro, os contratos de descentralização de competências “são imperiosos” e considera que estes têm funcionado bem, apesar de, para já, existir uma certa incerteza sobre o valor que o Estado Central irá dar às autarquias locais em 2023 para fazer cumprir estes contratos.

“Sabemos que o Governo estipulou o aumento de salários, mas não sabemos quanto é que as Câmaras Municipais vão receber a mais para suportar esse acréscimo”, explica o autarca, que se mostra receoso com o impacto deste aumento na gestão financeira da Junta do Areeiro. Contudo, Fernando Braamcamp faz um balanço positivo da descentralização de competências e, na sua perspetiva, poderiam correr melhor se não fosse o facto de Carlos Moedas não ter maioria na Câmara de Lisboa, e por isso, haver a possibilidade de alguns propostas ficarem inviabilizadas.

“Não havendo a maioria, quer no Executivo, quer na Assembleia Municipal, é difícil para o atual executivo mostrar mais trabalho, porque está sempre dependente do resto da autarquia”, acrescenta o presidente da Junta do Areeiro, salientando que “Carlos Moedas tem feito um bom trabalho” à frente da Câmara de Lisboa, uma vez que tem tentado cumprir as propostas do seu programa eleitoral, como é o caso dos transportes gratuitos para estudantes e idosos; o plano de saúde para maiores de 65 anos; e ainda a recém-inaugurada Fábrica de Unicórnios, no Beato.

Já em relação a projetos futuros a serem desenvolvidos pela Junta do Areeiro, está em marcha a criação de um espaço de co-working para nómadas digitais, perto da Avenida de Roma, e está pensado ainda a criação de um TrotiParque. A primeira já tem espaço destinado, e o contrato de arrendamento será assinado nos próximos dias. Já a segunda medida, que pretende oferecer aos fregueses um espaço onde estacionar as trotinetas partilhadas, ainda não está em andamento, porque ainda é preciso assinar um acordo com as empresas responsáveis por estes equipamentos.


Contudo, Fernando Braamcamp acredita que a medida tem pernas para andar e espera que este seja “um ponto de partida” para projetos semelhantes na cidade, que dispõe de 18 mil trotinetas partilhadas, o triplo do que em Madrid, por exemplo. O objetivo com este TrotiParque é “evitar as trotinetas espalhadas pelas ruas” da freguesia, acrescenta o autarca, explicando que “não será um investimento muito elevado”.

Quer comentar a notícia que leu?