Lisboa assinalou a Hora do Planeta

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) associou-se, no último sábado, dia 23 de março, às comemorações da Hora do Planeta. A Hora do Planeta é um evento global que convida a comunidade a desligar as luzes durante 60 minutos. O propósito é sensibilizar para as alterações climáticas e a proteção do planeta.

O Mercado de Alvalade recebeu, no último sábado, 23 de março, as celebrações da Hora do Planeta, um movimento mundial que pretende chamar a atenção para as alterações climáticas e a importância de proteger o planeta. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) assinalou a data com o Arraial Hora do Planeta. Este evento contou com oficinas sustentáveis, jogos e workshops. Alguns dos pontos altos desta programação foi a pintura de um mural, alusivo ao tema “Juntos por um futuro melhor”, dos artistas urbanos Edis One e Pariz One, e ainda o concerto da cantora Selma Uamusse.

No final deste arraial, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, “desligou” as luzes da cidade, carregando num interruptor simbólico. “Temos de estar unidos, para cada um de nós contribuir um bocadinho para esta causa”, afirmou o autarca, pouco tempo antes do apagão de uma hora, que também se registou nos Paços do Concelho e noutros locais da cidade. “Fomos escolhidos como uma das cidades que vão ser neutras em carbono até 2030, portanto, 20 anos antes do objetivo” definido pela Comissão Europeia, disse o presidente da CML ao Olhares de Lisboa.

Várias medidas para alcançar os objetivos definidos

Este desafio foi rapidamente assumido pela autarquia. Nesse sentido, Carlos Moedas destacou algumas iniciativas que a CML já pôs em prática para alcançar a neutralidade carbónica em 2030. “Apostámos nos transportes públicos gratuitos, na gratuitidade das bicicletas da Gira, e tantos outros projetos, como o Plano Geral de Drenagem”, entre outros, afirmou. Moedas disse ainda que este processo de alcançar a neutralidade carbónica “está a correr bem”. “Temos plantado, em Lisboa, muitas árvores. Estamos com uma média de 30 mil por ano”, prosseguiu o presidente, reforçando que estas apostas contribuem para “compensar as emissões de carbono”.

“Ser neutro em carbono é compensar as emissões e reduzi-las, mas também compensar aquelas que são sempre existentes numa cidade e que existem sempre numa cidade”, acrescentou. Lisboa é uma das 23 cidades europeias escolhidas pela Comissão Europeia para alcançar a neutralidade carbónica em 2030. Estas cidades “assinam um contrato climático, que é um contrato que tem o investimento e o plano de ação climático. A Comissão Europeia disse que Portugal, e neste caso Lisboa, está no bom caminho”, acrescentou o presidente da autarquia lisboeta.

Promover a mobilidade suave e reduzir o uso do automóvel

Recentemente, a CML encerrou ao trânsito automóvel a Rua da Prata, de forma a promover o acesso à Baixa através dos transportes públicos e dos modos suaves de deslocação. Para já, adiantou Carlos Moedas, a autarquia pretende replicar esta iniciativa noutras artérias da cidade. “Estamos a analisar diferentes ruas e vários projetos e também alguns projetos dos próprios cidadãos, como é o caso da Rua dos Mastros [na freguesia da Misericórdia], em que nós estamos a ver se é possível fechar a rua. Obviamente, não se pode fazer de um dia para o outro. Por isso, estamos a analisar aquilo que as pessoas nos dizem e aquilo que querem”, sustentou.

Para além das celebrações da Hora do Planeta no Mercado de Alvalade, houve ainda outras ações relacionadas com esta data.  Ao longo da última semana, decorreram várias iniciativas como caminhadas e conferências. Estas foram organizadas pela Associação Natureza Portugal e World Wide Fund for Nature (WWF), contando com a parceria da CML e da Junta de Freguesia de Alvalade. A Hora do Planeta surgiu em 2007, em Sydney, na Austrália, com um simbólico apagão. Atualmente, já acontece anualmente em mais de 190 países em todo o mundo.

Foto de capa @cml


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