O Presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, e o Chefe de Estado-Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, assinaram dois protocolos de cooperação. Desta forma, o objetivo é reforçar a relação entre as duas entidades e melhorar o Aquário Vasco da Gama, obra estimada em 1,2 milhões de euros.
Um dos documentos estabelecidos entre a Marinha e o Munícipio de Oeiras esta sexta-feira, pretende “criar uma plataforma de cooperação para acelerar o desenvolvimento tecnológico”. Ao mesmo tempo, pretende ainda potenciar “o aumento de atratividade e fixação de talento” no concelho.
“O município de Oeiras concentra mais de um quarto das empresas nacionais de base tecnológica”, pode ler-se no texto do protocolo. Ainda assim, o documento acrescenta também que muitas têm capacidade para se envolver em ações de inovação colaborativa e várias com experiência no desenvolvimento de produtos e na prestação de serviços no setor da Defesa”.
Em simultâneo, a Marinha e o Munícipio de Oeiras assinaram ainda um protocolo que visa a beneficiação do Aquário Vasco da Gama. Este espaço foi inaugurado em 1898 e é gerido pela Comissão Cultural de Marinha.
Esta colaboração entre a Marinha e o Município de Oeiras para a beneficiação do espaço, “tem a ver com os projetos educativos do Aquário”, de acordo com Pedro Patacho, vereador com o pelouro da Ciência e Inovação. Ao mesmo tempo, pretende ainda “realizar projetos de comunicação e divulgação da ciência, mas também apoiar a própria reabilitação do Aquário”.
Marinha quer maior proximidade com as empresas
A cooperação entre as duas entidades enquadra-se na visão de futuro da Marinha nos domínios económico, tecnológico, científico e cultural da Defesa Nacional. Ainda de acordo com o vereador, a Marinha “quer posicionar-se como uma Marinha que se relaciona com as empresas”. Em paralelo, quer também juntar-se ao tecido empresarial e ainda com a academia e centros de investigação”.
Contudo, Pedro Patacho referiu ainda que este protocolo tanto serve as necessidades da Marinha e da Defesa. Por outro lado, serve para a economia “numa ótica de transferência de valor para o mercado de criação de novos produtos”. De igual forma, permitirá ainda “novos serviços e negócios de criação de emprego”.
A cerimónia teve lugar no Salão Nobre do Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras. Desta forma, o Chefe de Estado-Maior da Armada reconheceu que o Município de Oeiras “esteve sempre na linha da frente a ajudar-nos a reviver esta instalação (o Aquário Vasco da Gama)”.
Para o Almirante Gouveia e Melo este protocolo demonstra que, dentro do Estado e da Administração Pública, existe consciência sobre a importância do que é “o património comum para todos os portugueses e, em especial, para a região onde está a instalação”.
Marinha e Munícipio de Oeiras estão a trabalhar para “dar um salto para o futuro”
O Almirante referiu ainda que a assinatura destes protocolos com a Câmara Municipal de Oeiras, vem demonstrar que existem “pelos menos duas entidades que percebem o que estão a fazer para ajudar este país a dar um salto para o futuro.”
Por sua vez, Isaltino Morais reconhece também que estes protocolos representam “o culminar de uma evolução que o município teve”. O autarca disse ainda, durante o seu discurso, que a assinatura destes dois protocolos “é muito importante”.
Ao mesmo tempo, considera que “é um excelente exemplo do que se pode fazer em Portugal, em termos de parcerias com instituições que estejam envolvidas e focadas na construção de um projeto de investigação e de descobrimento”.
O edil relembrou que no concelho de Oeiras, durante muitos anos, foi “feito um grande esforço” para conseguir conciliar as instituições ligadas às áreas da investigação e da ciência ao Município. Deste modo, Isaltino Morais demonstra-se satisfeito com a assinatura destes dois protocolos.
Investimento de 1,2 milhões de euros
A Câmara de Oeiras fica responsável por “incrementar a visibilidade do Aquário Vasco da Gama e integrar as comemorações dos 125 anos deste equipamento”. Por sua vez, a Marinha compromete-se a colaborar em todas as ações do município, a disponibilizar instalações, infraestruturas, equipamentos e serviços sempre que necessários à realização de trabalhos, atividades de formação.
Além disso, garante ainda “proporcionar a gratuitidade nas visitas guiadas e outras atividades desenvolvidas no âmbito do programa Oeiras Educa”. A autarquia estima que esta intervenção implique um investimento de 1,2 milhões de euros, não existindo, contudo, uma calendarização para os trabalhos.
