METRO DE SUPERFÍCIE LIGA OEIRAS, LISBOA E LOURES

Implicando um investimento de 490 milhões de euros, vai ser construído um Metro Ligeiro de Superfície, que ligará ​Lisboa a Oeiras e a Loures, tendo em vista contribuir para a melhoria da mobilidade urbana de uma forma sustentável a nível económico e ambiental.

Oeiras, Lisboa e Loures vão ficar ligadas pelo metropolitano de superfície, que servirá a zona ocidental de Lisboa, mas também duas zonas muito populosas de Oeiras – Miraflores e Linda-a-Velha – com transporte direto que entra diretamente na linha do metropolitano da capital.

Neste momento, as câmaras de Lisboa, Oeiras e Loures preparam-se para votar a aprovação de um protocolo de cooperação entre estes municípios, o Metropolitano de Lisboa e a Carris, para desenvolvimento do projeto de metro ligeiro de superfície entre Alcântara e Cruz Quebrada e entre Santa Apolónia e Sacavém, num investimento estimado na infraestrutura, PMO (parque de material e oficinas) e material circulante de 490 milhões de euros.

O Protocolo, a ser votado ainda esta semana nas diferentes reuniões de câmara, tem por objetivo o estudo, o planeamento e a forma de concretização do projeto «LIOS, Linha Intermodal Sustentável» nas suas várias vertentes técnicas, ambiental, financeiras e operacionais até ao momento de lançamento da empreitada da Linha

Ligação rápida em 24 Km

Com esta futura infraestrutura, os municípios pretendem assegurar uma ligação rápida e estruturante de transporte público pesado entre as respetivas zonas ribeirinhas e as principais interfaces em Lisboa, por forma a melhorar a conectividade dos seus territórios e implementar novos corredores de transporte coletivo assentes na extensão da linha de elétrico 15, atualmente explorada pela Carris.

Segundo as três autarquias, estes corredores vão permitir a estruturação do território de Alcântara, Ajuda, Belém, Algés, Linda-a-Velha, e Cruz Quebrada/Dafundo, bem como o corredor Santa Apolónia – Gare do Oriente, e Gare do Oriente – Moscavide, Portela, Sacavém, criando ainda um corredor chave em toda a extensão da freguesia do Parque das Nações.


A nova linha, com uma extensão de cerca de 24,4km, vai ficar ligada com as linhas ribeirinhas, de elétrico e de comboio da Linha de Cascais e Linha do Norte, bem como a expansão da linha vermelha do Metropolitano de Lisboa em Alcântara. O desenvolvimento desta linha está a ser articulada com o Governo no âmbito de um conjunto mais vasto de investimentos em infraestruturas de transporte na Área Metropolitana de Lisboa, que visam aumentar a coesão do território na área metropolitana de Lisboa e que vão promover a melhoria das condições de acessibilidade e, em particular, a competitividade, a fiabilidade e a confiança no sistema de transportes público.

Ligar a modos ativos de mobilidade

Do ponto de vista dos três municípios, o futuro metropolitano de superfície entre Oeiras e Loures, passado por Lisboa, deve explorar a viabilidade de implementar, sempre que possível, corredores dedicados a modos ativos, pedonal e em bicicleta, paralelos aos corredores de transporte público estruturante que vierem a ser implementados.

A melhoria da mobilidade urbana é um dos principais desafios nas próximas décadas para Portugal, e muito em particular para os municípios da Área Metropolitana de Lisboa, que assumem como política verdadeiramente prioritária a transição para um padrão de mobilidade sustentável a nível económico, social e ambiental.

Depois da Redução Tarifária e do novo sistema tarifário implementado na AML, em abril de 2019, a Área Metropolitana de Lisboa considera importante continuar a fidelizar e a conquistar a confiança de novos utilizadores, adequando a oferta de transporte público ao território e às necessidades da população, fomentando soluções que permitam reduzir a dependência do veículo próprio, e assim melhorando a qualidade de vida e a saúde dos respetivos habitantes.

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