Hoje, pela primeira vez, desde a 1ª República, um ministro, João Matos Fernandes, inaugurou um bebedouro público – o primeiro de 200 – «instalado» pela EPAL e CML na Avenida da Liberdade.
A nova Rede de Bebedouros permitirá o livre acesso ao consumo de água da rede pública de forma acessível, gratuita e facilitada a todos aqueles que o desejem fazer, e oferece a possibilidade de fazer o refill de garrafas reutilizáveis, contribuindo para a diminuição da utilização de plásticos.
A instalar, numa primeira fase, durante este ano, os equipamentos terão na sua maioria a dupla valência de poderem assegurar o fornecimento de água a pessoas e também a animais, em particular cães. O modelo misto, com um bebedouro superior para os humanos e um junto ao solo para os bichos, terá 26 unidades colocadas, em sítios como Avenida da Liberdade, Rio Seco (Ajuda), Parque da Bela Vista, Parque Urbano dos Olivais, Parque Urbano da Quinta das Flores ou na Ciclovia Ribeirinha, em locais como Santa Apolónia, Doca de Santo Amaro ou a Estação Fluvial de Belém. Prevê-se ainda colocação de quatro novos bebedouros simples para pessoas (dois no Rio Seco; um no Jardim Amália, no topo do Parque Eduardo VII; e outro no Parque da Bela Vista) e dois para animais (um no jardim da Torre de Belém e outro na Ribeira das Naus). Além disso, proceder-se-á à adaptação e colocação de mais de uma dúzia de bebedouros para uso dos animais.
Para todos os «que estão em Lisboa»
O presidente da EPAL, José Sardinha, «anfitrião» deste ato inaugural, além de ter feito um balanço aos 150 anos de funcionamento da empresa, fez questão de salientar que «os novos bebedouros públicos onde moradores e turistas poderão beber água, contam inclusive com uma funcionalidade acrescida, a de permitir também matar a sede aos seus animais de estimação, tendo sublinhado que esta empresa pública está «no centro do desenvolvimento da cidade de Lisboa e também à volta de Lisboa. Sem água não há desenvolvimento e nós, há 150 anos, que prestamos um serviço de qualidade à cidade».
Reabilitação de chafarizes
Depois de alertar para a necessidade de se adaptar Lisboa às mudanças climáticas, que vão originar inundações e períodos de escassez de água, o vereador Sá Fernandes referiu que a Câmara Municipal de Lisboa e a EPAL também vão efetuar a reabilitação de vários chafarizes da cidade. Assim, até 2022, estão previstas intervenções de conservação e restauro nos chafarizes das Janelas Verdes (freguesia da Estrela), Mãe d’Água à Praça da Alegria (freguesia de Santo António), Rato (freguesia de Santo António), Carmo (freguesia de Santa Maria Maior) e Santo António da Convalescença (freguesia de São Domingos de Benfica).
Desta forma, a Câmara Municipal de Lisboa e a EPAL pretendem fazer renascer alguns dos mais icónicos chafarizes da cidade e instalar 200 novos bebedouros em Lisboa.
O Chafariz das Garridas ou de Benfica e o Chafariz do Intendente são os dois bebedouros que entraram em 2020 com nova cara. Mas nos próximos dois anos, a empresa municipal vai restaurar mais 16 por toda a cidade.
Já o ministro do Ambiente, que também realçou a importância da EPAL «na construção da cidade», realçou que este é um projeto importante por três ordem de fatores: «valorização da água, porque sabemos que ela é um bem escasso e tem de ser bem gerida; a necessidade de uma rede deste tipo se impor, porque é fundamental na diminuição da utilização de garrafas de plástico de água; e, por último, pela dimensão e relevância que tem nas infraestruturas da EPAL».
Fazendo questão de salientar que «é com muito gosto que inauguro este bebedouro», o ministro Matos Fernandes defendeu que «a perspetiva do governo para o ambiente passa pelas novas formas de utilizar este recurso».
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