MUSEU MOSTRA «ITINERÁRIO BOTÂNICO» PELOS OLHOS DA PINTORA JOSEFA DE ÓBIDOS

O Museu Nacional de Arte Antiga, no âmbito Lisboa Capital Verde Europeia 2020, apresenta amanhã um «itinerário botânico» com obras do seu acervo, designadamente pinturas do século XVI ao XVIII, como as «Naturezas-mortas» de Josefa de Óbidos.

Amanhã, dia 24 de julho, pelas 11h, o jardim do Museu Nacional de Arte Antiga acolhe o lançamento da iniciativa «Um Itinerário pela Iconografia Botânica», associando-se desta forma ao programa de eventos da Lisboa Capital Verde Europeia 2020, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa.

O vereador do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia, José Sá Fernandes, e o subdiretor do Museu Nacional de Arte Antiga, Anísio Franco, vão fazer uma visita guiada à iconografia botânica da sua coleção, composto por cerca de 30 conjuntos de obras, dando a conhecer ao visitante do século XXI o significado simbólico dos elementos vegetais através de um percurso comentado.

O Museu de Arte Antiga, aceitando o desafio da Câmara de Lisboa, desenvolveu «um percurso» que explora várias obras da sua coleção onde os elementos botânicos e a sua simbologia, representados em cada obra, são descodificados a quem visita o Museu.

Obras de pintura do século XVI ao XVIII, como a «Virgem, o Menino e Anjos» de Gregório Lopes, «Naturezas-mortas» de Josefa de Óbidos, ou a tapeçaria «O Descobrimento da Índia» com manufatura de Tournai, são alguns exemplos das peças que podemos encontrar ao longo deste itinerário que atravessa os três pisos do Museu. No total, são identificadas cerca de 100 espécies vegetais nos 30 conjuntos de obras de arte do Museu, um trabalho que contou com a orientação da investigadora em botânica, Sandra Mesquita.

Por outro lado, segundo uma nota de imprensa, também a partir de amanhã, a pintura «Vaso Esculpido com Flores» (1713), de Jean-Baptist Bosschaert, será «devolvida ao olhar do público» após um processo de conservação e restauro que contou com o apoio integral do programa Lisboa Capital Verde Europeia 2020. Esta obra junta-se assim à outra pintura que é seu par, igualmente de Bosschaert, e também restaurada, em 2019, fazem ambas parte do «Um Itinerário pela Iconografia Botânica».

Museu abre jardins


Paralelamente, também no âmbito da Lisboa Capital Verde Europeia 2020, o Jardim do Museu junta-se ao programa do Festival Jardins Abertos 2020https://www.jardinsabertos.com/ – um evento que dá a descobrir ao público os grandes e os pequenos jardins de Lisboa, cujos portões são abertos gratuitamente.

Assim, nos dias 25 e 26 de julho, entre as 10h e as 17h30, é possível visitar o jardim com vista panorâmica sobre o Tejo e (re)conhecer as cerca de 15 espécies botânicas que por lá habitam. O acesso ao jardim é feito pela entrada do Museu, na Rua das Janelas Verdes.

Quem visitar o Museu neste fim de semana pode ainda ficar a conhecer o itinerário de iconografia botânica da coleção, com entrada livre, bastando que informe na bilheteira que o motivo da visita é a realização deste roteiro pelas espécies vegetais no acervo do Museu. Neste caso, o acesso deve ser feito pela entrada principal, no Largo 9 de Abril, a partir das 10h.

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