RESTAURANTE DOM PIO DE CARNAXIDE REGRESSA À «NORMALIDADE POSSÍVEL»

No restaurante Dom Pio, em Carnaxide, os dias são de esperança e também de certezas. Lentamente, os clientes vão retomando antigos hábitos e voltam ao restaurante que os conquistou «pelo estômago».

Aos poucos e poucos, a vida económica na União de Freguesias de Carnaxide e Queijas está a «entrar» na normalidade possível. Muitos negócios estão a ser retomados. É o caso do sector da restauração que reabriu, «cheio» de esperança de, rapidamente, retomar o ritmo de «antes da pandemia».

Muitos aderiram ao «take way» para permanecerem em atividade durante o estado de emergência e, ao mesmo tempo, minimizar os custos «das despesas fixas mensais». Foi o caso do restaurante Dom Pio, em Carnaxide. O proprietário, Ernesto Santos, e a esposa mantiveram o restaurante aberto na modalidade de «comida para fora».

Há 20 anos a trabalhar no setor, Ernesto Santos, proprietário do restaurante Dom Pio, instalado no Edifício Tejo, em Carnaxide, foi um dos vários empresários que não teve direito ao «lay off» para pagar aos oito empregados, que tem «sido pagos religiosamente» do «bolso do empresário». Ernesto Costa defende que o take way foi a forma encontrada pelos proprietários, como foi o seu caso, para «gerarem receitas para pagar algumas despesas de funcionamento, nomeadamente «os ordenados dos trabalhadores».

Ernesto Costa, um lisboeta descendente de uma família de Viseu também ligada à restauração, recorda que, durante o estado de emergência, os seus principais clientes «eram o pessoal das obras e os homens da segurança» que, segundo sublinha, «ficaram muito gratos por termos decidido abrir». De outra forma, tinham que trazer «a marmita de casa».

Antes da pandemia, o Dom Pias servia entre 130 a 150 refeições por dia. Agora, servem perto de 40 pessoas dia.

Cumprindo cabalmente as regras da Direção Geral de Saúde para os restaurantes, o Dom Pio reforçou as ações de higienização, já existentes, e, diariamente, realizam três ações de desinfecção, «abrindo» as portas para evitar que as pessoas toquem nas maçanetas, e distribuindo máscaras a trabalhadores e também a clientes.


Tudo isto, porque – segundo Ernesto Santos – «temos que respeitar o próximo, se queremos ser respeitados» e, por isso, «tomámos as medidas necessárias para todos estarmos confiantes e seguros no restaurante».

Ernesto Santos há duas décadas que conquista os clientes pelo estômago e pela gentileza. Esta sua maneira de estar e de ser permitiu-lhe continuar a receber novos clientes mesmo durante o período de estado de emergência.

Aliás, agora que a pandemia está controlada, o proprietário do Dom Pio mantêm os «olhos no futuro» e está a adaptar o seu restaurante «aos novos dias que hão-de vir», projetando manter os take way a 4 euros e a realizar menus por cerca de 10 euros.

Conhecido pelo prato de bacalhau à minhota, e pela açorda de marisco, e o bife à casa, este restaurante é também conhecido pela «variedade de comida e tantas formas de a fazer, de criação de sabores, pela criatividade na hora de abordar os ingredientes disponíveis e pelo talento de criar ingredientes quando eles aparentemente não existem».

E, tudo isto, porque um bom prato é ainda mais saboroso quando é acompanhado de uma boa conversa… e é este clima de conversa descontraído à mesa que surge «o apetite dos clientes» para os inúmeros pratos que constituem a ementa do seu restaurante, que têm em comum o fato de serem incrivelmente saborosos, não fossem eles «da cozinha tradicional portuguesa».

Visite: Restaurante Dom Pio | Marcação / Ementa : 961475196

Aberto de segunda a Sexta | Edifício Tejo- Quinta do Pinheiro 16 | Carnaxide

 

 

 

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