Traz vestida uma T-Shirt onde se lê “Quem não lutar ao meu lado durante a batalha não merece estar ao meu lado durante a vitória”.
David Ferreira é filho de Francisco Ferreira, tesoureiro da Sociedade Filarmónica Alunos Esperança. Apoia a sua direcção na SFAE e na marcha. Faz parte da comissão da marcha, é marchante, ajuda a levar para a frente as actividades desportivas do clube e a fazer a promoção e divulgação da marcha.
Para isso usa as contas que a colectividade criou no Facebook, Youtube, Instagram e Sound Cloud, onde podem ser vistas as marchas antigas, até à do ano passado. Criou também a plataforma online usada para receber as inscrições dos candidatos a marchantes. Bem como vários videoclipes sobre os desfiles.
Tem 18 anos, mas trabalha com a colectividade desde que se lembra. Foi mascote em 2004 e 2005, e tornou-se marchante em 2013. O seu objectivo é mostrar a toda a gente que este não é um espectáculo dos velhos, ou das camadas mais pobres, mas de todos.
Há pouco tempo, pensou que devia oferecer algo novo e surpreendente aos moradores da sua freguesia.
Falou com os seus amigos, e criaram um núcleo de dezena e meia de jovens dentro da marcha, tentando apontá-la para o futuro e a inovação. Mas faz por misturar no grupo de marchantes as várias faixas etárias, para que não haja separações.
“Queremos trabalhar para dignificar o bairro”, promete. A colectividade de David tem um passado glorioso, do qual ele também se orgulha. Amália Rodrigues e Celeste Rodrigues foram marchantes por Alcântara.
O pai de Marina Mota foi presidente do clube, e foi nele que a actriz começou a cantar.
O jovem mostra-nos uma taça que diz “Troféu rigor histórico e elegância do concurso de marchas, Parque Mayer, 28 de Junho” – de 1932.
O clube foi criado em 1850. “Atravessou a primeira guerra mundial, a revolução maoísta e a segunda guerra mundial”, sublinha.
A sociedade filarmónica foi a primeira de Lisboa, a segunda do país e a quarta da Europa.
Sagres – Patrocinador Principal de “Olhares de Lisboa – Marchas Populares 2017”