Este é um mês em que pode ver uma exposição, assistir a uma peça de teatro e tocar piano na rua
Neste Abril em Lisboa voltamos a trazer para a rua uma programação centrada nos direitos humanos, através da palavra, da fotografia, do teatro e da música, este ano com um olhar especial para as histórias das mulheres e raparigas.
Começamos com a exposição Raparigas de Gaza, dia 6, na Alameda dos Oceanos, no Parque das Nações. O trabalho da premiada fotojornalista Monique Jaques sobre jovens mulheres que crescem na Faixa de Gaza, poderá ser visto numa mostra composta por mais de 20 fotografias construída especialmente para o espaço público.
As mulheres portuguesas também são protagonistas deste Abril em Lisboa na peça “Elas também estiveram lá – quotidianos de resistência e de revolução de mulheres”, uma criação do Teatro do Vestido, com direção de Joana Craveiro, que, entre 13 e 21 de abril, leva o público a passear entre a Avenida da Liberdade e a “sala da censura” do Cinema São Jorge.
À medida que nos aproximamos da data da revolução, vão surgir pianos na cidade… A partir de dia 20, entre as 10h e as 20h, cinco pianos, em cinco lugares, estão disponíveis para qualquer um/a experimentar tocar ao ar livre. E no dia 24 os cinco pianos juntam-se na Praça do Comércio para um concerto espontâneo a várias mãos.
No dia 25, o Museu do Aljube – Resistência e Liberdade festeja o seu terceiro aniversário, com propostas artísticas variadas incluindo os Dias da Memória, para a partilha de testemunhos e objetos de antigos reclusos políticos, e a dramatização de Joana Brandão baseada em entrevistas a mulheres presas pela PIDE.
Destaque ainda para uma nova edição do Festival Política, no cinema São Jorge, que durante quatro dias apresenta sessões de cinema, debates, workshops e atividades para crianças, dando enfoque, nesta segunda edição, às questões de género e da não-discriminação.
Com esta programação, que celebra ainda a descoberta do Teatro Romano e sugere uma visita aos Paços do Concelho, a EGEAC convida novamente a cidade para preservar a memória e os valores nascidos a 25 de abril bem com a sua aplicação no presente.