Desde quinta-feira, todos os cidadãos lisboetas passaram a ter um espaço onde podem participar ativamente na vida da sua cidade. Trata-se da Loja Lisboa Participa.
A Câmara de Lisboa inaugurou, ontem, no Largo de São Julião, a Loja Lisboa Participa. Na ocasião, o vice-presidente da CML, João Paulo Saraiva, apresentou a app Orçamento de Lisboa que vai introduzir melhores mecanismos de transparência.
Bem no centro da cidade, a nova Loja Lisboa Participa vai permitir a todos os cidadão, de uma forma direta, tomar conhecimento dos processos participativos que a autarquia da capital tem em curso. Destes, o mais conhecido é o Orçamento Participativo (OP) que está, neste momento, em fase de votação dos 122 projetos apresentados, dos quais 24 foram «contemplados» com o selo verde – um «galardão» atribuído a todas as propostas que contribuam para a melhoria do ambiente, nas suas diversas vertentes.
Este espaço – segundo o vice-presidente da edilidade – vai servir para o munícipe obter informação direta sobre estas ideias, ouvindo por exemplo os proponentes, uma das vertentes da programação já prevista.
Este espaço vai, também, facilitar a votação presencial, dando assim resposta a uma das novidades desta edição do Orçamento Participativo, que quer ser mais inclusiva e abranger de forma direta, tanto os mais novos como os séniores.
Aliás, como revelou o autarca, «este ano, é previsível um aumento substancial de votantes», acrescentando que, até ao momento, «já votaram 8.500 cidadãos no OP deste ano.»
«Estamos a crescer e vamos, à semelhança do que sucedeu em anos anteriores, introduzir novas melhorias», afirma, revelando que, este ano, vão ser investidos 2,5 milhões de euros.
Por outro lado, durante a cerimónia inaugural, o vice-presidente, apresentou uma nova aplicação digital que facilita o conhecimento sobre o Orçamento Municipal, através de um quizz e de dois simuladores, «Eu sou Lisboa» e «O Meu Orçamento», entre outros elementos informativos de fácil acesso.
O app Orçamento de Lisboa é «uma ferramenta que pretende tornar a informação municipal cada vez mais acessível ao cidadão, quebrando as barreiras que são impostas pela linguagem técnica, ‘o orçamentez’, introduzindo melhores mecanismos de transparência e um maior escrutínio à atividade da Câmara», adiantou João Paulo Saraiva.
Na prática, este plataforma permite mostrar «o orçamento em trocados», ou seja vai «descomplicar o que é complicado para quem não é especialista, mostrando de uma forma simples como se constrói um orçamento municipal».Como referiu o vice-presidente da Câmara de Lisboa, esta plataforma enquadra-se no programa “Lisboa Participa”, que dispõe já de outras «ferramentas» para incentivar a participação dos cidadãos e a transparência nos processos governativos.
Como explicou João Paulo Saraiva, através desta app os cidadãos podem construir e planear um orçamento para a cidade, bem como simular quanto é que cada cidadão entrega e como é utilizada a verba.
Para além de explorar o orçamento atualizado da CML, esta app permite «fazer as suas próprias contas em dois simuladores». Na app “Eu sou Lisboa” pode, por exemplo, calcular a taxa de IRS para uma família média de dois contribuintes e um dependente, casados ou em comunhão, e ambos contribuintes. Já no simulador “O Meu Orçamento” ganha poder para decidir onde investir, e onde cortar.
O objetivo desta aplicação, que está disponível para download na App Store e no Google Play e no site da CML, é que o cidadão consiga “entender melhor como são geridas as receitas e despesas em cada ano da vida da cidade”, explica.O novo espaço inaugurou as suas atividades com o jogo “Vidas e Memórias de Bairro – Oficinas Comunitárias da Memória”, desenvolvido no âmbito de um projeto vencedor do OP Lisboa, “Oficinas Comunitárias da Memória”