Na perspetiva do autarca, o apoio do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, tem sido importante para o desenvolvimento de projetos que, a curto prazo, vão contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes da sua União de Freguesias.
Olhares de Carnaxide e Queijas – Quais são as linhas que constroem e orientam a atuação da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas?
Inigo Pereira – Desde que fomos eleitos, as grandes linhas que nos orientam, são o rigor na gestão, o combate ao desperdício e a resposta imediata aos problemas das pessoas, arranjando soluções para conseguir dar melhor qualidade de vida dos habitantes da freguesia.
No primeiro ano, estivemos a arrumar a casa. Ou seja, avaliámos os serviços; verificámos e analisámos as fragilidades e, a partir desse diagnóstico, começámos a trabalhar em situações concretas.
Para nós, o principal problema residia e reside nas questões sociais. E, por isso, iniciámos uma reestruturação no gabinete de ação Social; conseguimos reduzir as listas de espera de três meses para três semanas, melhorando assim os tempos de atendimento e acompanhamento das pessoas. Em casos de emergência, já conseguimos resolver, na hora as situações que surgem.
Ainda na área social, em termos de programa alimentar, conseguimos também reduzir os tempos de entrega de produtos de primeira necessidade, às pessoas mais carenciadas.
O que é que Carnaxide e Queijas tem hoje de diferente depois da sua chegada?
A confiança e a segurança de se viver aqui. A freguesia está a ficar diferente. Nota-se que o pensamento das pessoas se alterou. Consegue-se perceber que existe uma grande interligação entre o executivo da freguesia e a população, por termos apostado numa política de proximidade. Podemos ver isso nos eventos e nas obras que já realizámos. Um bom exemplo é o trabalho que temos desenvolvido na reabilitação do mobiliário urbano.
E numa perspetiva de continuidade posso referir-lhe que, até ao verão, vamos criar, um Centro de Enfermagem no Mercado de Queijas, assim como um pólo da Reefood, que já está a ser instalado no mercado de Carnaxide.
Desta forma, quase imediata, iremos responder às necessidades das famílias mais carenciadas, ou seja: as mais necessitadas de apoio e de bens de primeira necessidade.
Também melhorámos as intervenções na via pública. Foi importante melhorar os tempos de resposta às reclamações; em menos de uma semana conseguimos solucionar os diversos problemas que surgem no espaço público.
Carnaxide e Queijas tem qualidade de vida?
Naturalmente. São duas zonas de grande arejamento paisagístico e de profundo alongamento de circulação, servidas de estruturas imobiliárias de grande sentido estético, onde coexiste a funcionalidade dos equipamentos de apoio à generalidade das populações com a mobilidade e acesso das mesmas às linhas de transportes, viárias e de circulação.
Depois, inevitavelmente, destaco a educação das nossas crianças, com a disponibilidade de escolas de qualidade, com atividades de enriquecimento curricular que nos orgulham, pela exemplaridade do seu desempenho ocupacional.
A Câmara de Oeiras tem feito um grande investimento na educação, porque entende que este domínio é fundamental para o bem-estar e sucesso das nossas crianças e jovens. Na nossa freguesia, de Carnaxide, por exemplo, inaugurámos novas salas de aulas, na escola Sylvia Philips.
Os pais têm podido ainda proporcionar aos seus filhos a frequência de diversas atividades, nas áreas da cultura e do desporto, que as vão ajudar a valorizarem-se como cidadãos.
Depois temos outro grande tema, que é o do envelhecimento ativo, que nos mereceu respostas públicas e privadas de grande significado, como é o caso da Universidade Sénior de Carnaxide e de Queijas. No aniversário desta instituição conseguimos inaugurar o edifício/sede e o Pólo de Queijas.
Em termos mais genéricos, a União de Freguesias dispõe já de equipamentos culturais, desportivos e de lazer que possibilitam a todos, adultos e crianças, uma excelente qualidade de vida, o que acaba por atrair para esta zona do concelho muitas pessoas que pretendem um território para habitar, uma nova zona habitacional, de lazer e de cultura.
Mas temos consciência que há ainda um longo caminho a percorrer, muito para fazer, e é nisso que nos ocupamos e que por isso trabalhamos arduamente todos os dias. Em 2021 pretendemos ver concretizadas muitas das propostas apresentadas nos nossos manifestos eleitorais, já muito do que iniciámos no âmbito dos projetos prioritários que calendarizámos, porque acreditamos nos mesmos e na sua importância para as nossas freguesias, para o seu desenvolvimento, do ponto de vista económico, com mais emprego e ainda com melhor qualidade de vida.
Pode concretizar?
Estamos a melhorar a relação de intervenção no espaço público. Isto é um fato.
Conseguimos realizar várias intervenções que são notórias para todos. Há um ano, quem vivam em Queijas e Carnaxide não tinha os estímulos, da circulação viária, dos equipamentos de estruturas e dos serviços que têm hoje.
Algumas dessas intervenções foram realizadas em colaboração com as equipas da Câmara Municipal de Oeiras. Circunstância que me permite salientar e enaltecer o grande espírito de cooperação existente entre as equipas da União de Freguesias e as da Câmara Municipal de Oeiras.
Que relacionamento existe com a Câmara?
É um relacionamento de excelência, tanto a nível institucional como pessoal. Tenho uma boa relação com o Dr. Isaltino Morais que, ao longo deste ano e meio de mandato, me tem dado um grande apoio. Posso afirmar até, sem qualquer constrangimento, que muito do que sei sobre a gestão de uma freguesia aprendi com o Dr. Isaltino.
Indo mais longe, posso afirmar que existe um relacionamento de profunda coordenação entre nós e a Câmara, que põe sempre em evidência as premissas da resolução de diversos problemas, que exigem a qualificação em cada intervenção e encontro de solução, em todos os domínios conjunturais e de estratégia de gestão comum.
Que marca quer deixar como autarca?
Neste mandato a marca que pretendemos imprimir e deixar clara é a de trabalho. Trabalho em prol da população.
Criar um espaço público mais qualificado, com mais qualidade de vida e fazer com que as freguesias sejam uma referência de nível cultural global, como modelos referenciais de rigor autárquico e de gestão séria, onde o cidadão se sinta participar e respeitado na gestão dos equilíbrios e da harmonia cívica, são objetivos claros do nosso horizonte autárquico.
Para operarmos essa transformação estamos a realizar vários eventos culturais, numa perspetiva lúdica, social e económica, de criação de estímulos de permanência e participação das pessoas na sua generalidade.
Além das tradicionais festas de Nossa Senhora da Rocha, em Linda-a-Pastora, de São Miguel Arcanjo, em Queijas, e de São Romão, em Carnaxide, vamos apoiar as festas de Santa Catarina, na Outurela, e as de Nhu Santiago, em Barronhos.
Temos realizado eventos culturais, como as feiras de Natal, e do Fumeiro.
Realizámos a primeira edição do Festival de Chocolate, que teve uma participação extremamente significativa de presenças, de pessoas do concelho e de outras regiões do país. E vamos promover, em outubro, a feira «À Moda Antiga».
Iniciativas que não esgotam a diversidade das propostas que temos e que gostaríamos de realizar, assim se cumpram os pressupostos das dinâmicas de acerto do que será consensual realizar prioritariamente, no bom nome das populações.
Quais foram as prioridades para este mandato?
Trabalharmos para estabilizar a situação financeira da União de Freguesias, melhorar as condições de trabalho dos funcionários, reorganizar os serviços e investir numa gestão de proximidade.
Acima de tudo, a nossa grande prioridade foi e é a de melhorar as condições de vida dos fregueses.
Neste sentido, procurámos, desde a primeira hora, dar resposta às situações que mais nos afetavam.
O que temos vindo a conseguir, umas vezes mais rápido do que outras, mas todas com o objetivo de cumprirmos o mandato e para além do mandado, os critérios da visão que assumimos quando me propus candidatar, para participar num projeto novo, de maior consciência politica, cultural e económica, com a realidade do que somos num concelho ímpar e privilegiado, onde viver nos torna mais felizes.