Os espaços verdes e outras zonas de lazer, nomeadamente no Parque do Vale do Silêncio, são algumas das razões que levam os moradores a «apaixonarem-se» pelo seu bairro… os Olivais.
No Parque Urbano do Vale do Silêncio, Olivais Sul, existe, desde 6 de julho, a maior parede artificial de escalada do País. A construção, que teve o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, está preparada para a realização de provas nacionais e internacionais, mas também para quem quer praticar no dia a dia.
Este é um dos múltiplos equipamentos desportivos e recreativos existentes nesta freguesia lisboeta que teve na origem do nome “Santa Maria dos Olivais” uma imagem de Nossa Senhora que terá sido encontrada numa oliveira e guardada na sacristia da igreja até 1700, de onde terá desaparecido.
Todavia, esta moradora gostaria que existissem mais transportes públicos e que alguns espaços verdes fossem tratados com a mesma frequência que outros espaços da freguesia.
Estar na moda aumenta rendas
Do ponto de vista deste morador, «é uma freguesia que está na moda e, por isso, muito procurada para morar. A nível de arrendamentos e compra de andares é difícil arranjar uma casa para arrendar. Existe muita procura e pouca oferta. Temos o Parque das Nações à porta, temos o aeroporto, temos comercio, as escolas, as piscinas. Temos também o Vale do Silêncio, que é um dos maiores espaços verdes da freguesia. Com boas acessibilidades».
Apesar de haver alguns inconvenientes, como faz questão de referir, «é um bom bairro para se viver», com «muitos espaços verdes, comércio e várias atividades para seniores e crianças».
Maria dos Anjos, 82 anos, reformada e moradora na Rua Cidade da Praia, à semelhança de Francisca Oliveira, também refere o problema habitacional.
Atualmente, realça, «este bairro é sossegado. Houve tempos em que não era tão sossegado», mas tem como grandes vantagens «o comércio, o centro comercial e, principalmente, o centro de saúde».
Promessas por cumprir
Já Diamantino Correia, 75 anos, residente perto do Metro dos Olivais há 40 anos, lamenta que os mercados, «que deviam ser a alma dos bairros, estejam vazios, reconhecendo, todavia, que existem bons transportes públicos e um Centro comercial «com muita vida».
A freguesia
Olivais é o nome do limite administrativo que resulta da reformulação da freguesia de Santa Maria dos Olivais. O limite anterior continha, na sua zona ribeirinha, a área onde decorreu a Expo 98 que agora se destaca e forma, juntamente com território contíguo a norte (pertença do Concelho de Loures), um limite administrativo autónomo, resultando numa nova freguesia – Parque das Nações.
A freguesia inclui-se na zona oriental da cidade, organizando-se em quatro grandes regiões: o Bairro da Encarnação, o Centro Histórico (ou Olivais Velho), e os Bairros de Olivais Norte e Olivais Sul, que por sua vez se subdividem em diversos outros aglomerados. Grande parte do território ocidental da freguesia é ocupado por parte do Aeroporto de Lisboa.
Por onde passear…
São vários os monumentos e locais de interesse a visitar nesta freguesia lisboeta, a saber: Palácio da Quinta do Contador Mor: edifício onde atualmente funciona a Bedeteca de Lisboa. Também conhecida pela “Toca”, lugar de encontros amorosos entre Maria Eduarda e Carlos da Maia, no romance Os Maias, de Eça de Queirós; Palácio da Quinta da Fonte do Anjo ou Palácio da Quinta da Bica; Convento de São Cornélio: vestígios de antigo convento situado na Estrada de São Cornélio, junto ao atual Cemitério dos Olivais; Centro Histórico da Vila dos Olivais: sede concelhia medieval; Palácio Benagazil ou Palácio da Quinta do Policarpo; Igreja de Santa Maria ou Igreja Paroquial dos Olivais; Igreja de Santo Eugénio ou Igreja Paroquial de Olivais Sul; Instituto Geográfico do Exército e Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos.