Aulas presenciais dos 11.º e 12.º anos voltam a 18 de maio e creches abrem a 1 de junho. O pequeno comércio abre a 4 de maio e o grande a 1 de junho. A estratégia do Governo assenta em abrir a economia e a sociedade de forma progressiva e monitorizada.
As aulas presenciais dos alunos dos 11.º e 12.º anos deverão ser retomadas a 18 de maio e as creches e comércio em geral reabrirão a 1 de junho. A 4 de Maio abrirá o pequeno comércio de bairro. Estas são as datas previstas pelo Governo na estratégia que está a delinear para a retoma gradual, progressiva e monitorizada da economia e da sociedade, quando for decretado o fim do estado de emergência, mantendo-se as medidas e orientações de contenção para pessoas mais velhas e grupos de risco (doenças cardíacas, vasculares, oncológicas e crónicas, como diabetes e asma).
A estratégia do Governo será posta em marcha se tal for permitido pelos dados e análises dos especialistas da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que serão apresentados na reunião de amanhã, dia 28, no Infarmed, António Costa vai estar reunido esta terça-feira, 28 de abril, com epidemiologistas e cientistas, como tem sido habitual desde o início da crise sanitária. No encontro, vão estar presentes também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e os representantes dos partidos com assento no parlamento.
Ainda que a partir de dia 4 de maio, com a abertura do pequeno comércio local, vá aumentar a circulação de pessoas, o momento decisivo do processo de abertura gradual é, para o Governo, o do recomeço das aulas presenciais do 11.º e 12.º anos, a 18 de maio, pois é naquela data que aumentarão significativamente as interacções sociais.
Na perspetiva do Governo, a retoma gradual da «normalidade» vai assentar no calendário, a ser definido na próxima reunião do Conselho de Ministros, na quinta-feira. Mas, uma certeza já existe: o regresso às aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos, com disciplinas sujeitas a exame nacional, vai acontecer com medidas de contingência, nomeadamente o uso de material de proteção e normas de distanciamento social, sendo previsível que o momento da abertura das escolas trará um aumento da contaminação pelo novo coronavírus, está já a ser preparado um plano de contingência para estes estabelecimentos, que tem como base o distanciamento social e o uso de materiais de proteção.
No calendário para a retoma da «normalidade» que está a ser preparado pelo Executivo de António Costa, está também indicada a abertura das creches a partir de 1 de junho, do pequeno comércio local a partir de 4 de maio e do grande comércio também a partir do início de junho.
A decisão final do Governo só deverá ser anunciada a 30 de abril e esta estratégia só deverá ser posta em prática se tal for permitido pela evolução da pandemia de coronavírus, cujos dados vão ser apresentados pelos especialistas da Direção-Geral da Saúde (DGS) na reunião de terça-feira, dia 28.
Ainda por definir está também, terminado o estado de emergência nacional a 3 de maio, o decreto de um possível estado de calamidade pública a partir deste dia. Fonte do Governo confirmou na sexta-feira à agência Lusa que vários «cenários estão a ser estudados. Até ao Conselho de Ministros da próxima quinta-feira consideraremos várias hipóteses».