A pandemia provocada pela Covid-19 trouxe muitas mudanças à vida das pessoas e à dos chamados animais de companhia. A pensar nos animais, a Câmara de Lisboa recolheu e distribuiu por associações comidas para os animais de companhia. A alimentação dos animais de companhia é de responsabilidade dos próprios tutores, mas com o isolamento social e o risco de contaminação pelo novo Coronavírus, a dificuldade em conseguir e em adquirir rações aumentaram. Por isso, e a pensar nas dificuldades financeiras que alguns donos de animais estão a passar, a Câmara Municipal de Lisboa entregou hoje à tarde, 16 de abril, duas toneladas de alimentos para animais à associação ANIMALIFE.
Estes alimentos, recolhidas junto de produtores e de supermercados, numa campanha promovida pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, vão ser distribuídos pelas várias associações de proteção de animais da cidade.
Este apoio da edilidade tem como principal objetivo minimizar os impactos gerados pela pandemia porque, como referem as associações animais, «muitos dos donos de animais de companhia viram a sua situação financeira agudizar-se e não tem dinheiro para alimentar os animais e, por isso, muitos optam por os abandonar».
Por causa dessa situação, o município, através da Provedoria dos Animais de Lisboa e da Casa dos Animais, em articulação com as associações de bem-estar animal, mostra-se disponível para poder intervir «quando e se for necessário».
Em Lisboa, segundo a câmara, ainda não existem problemas com a alimentação dos animais das colónias por si monitorizadas. «As colónias estão identificadas, os cuidadores estão identificados e munidos de uma declaração da câmara que atesta a sua qualidade de cuidador, permitindo-lhes deslocar-se para alimentar os animais», explica a autarquia.
Em jeito de recomendação, Luísa Barroso, da União Zoófila de Lisboa, pede às pessoas que estiverem a passar por dificuldades financeiras, motivadas pela paragem de muitas atividades por causa da pandemia, e a ponderar deixar o seu animal na rua deixa para informarem-se «junto de associações e pedir ajuda, sobretudo para alimentação».