Loures é um dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa que começou a realizar testes ao todos os funcionários de lares. A AML, na última reunião, decidiu realizar testes a todos os funcionários dos lares de idosos dos 18 municípios.
Seiscentos funcionários de 25 lares do concelho de Loures vão ser testados à covid-19, na sequência do plano conjunto dos 18 municípios que integram a Área Metropolitana de Lisboa, informou ontem o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares.
A concretização deste plano, que envolve representantes locais, regionais e distritais de proteção civil, segurança social e saúde, teve início ontem, segunda-feira, tendo ainda sido realizados testes nos municípios de Sintra e de Setúbal.
Ontem, também, arrancaram os testes em lares e estruturas de apoio a idosos do concelho de Loures, onde no total irão ser testados 600 funcionários, explicou à agência Lusa o presidente da Câmara, Bernardino Soares revelando que «os testes irão decorrer em lares legais e livres da covid. Será feito em três datas e nesta primeira, a de ontem, vão ser testadas 250 pessoas, de nove instituições».
Contudo, Bernardino Soares ressalvou que as entidades irão começar pelos lares de maior dimensão, salientando que os testes irão prosseguir nos dias 6 e 16 de maio».
Bernardino Soares salientou: «Começaram os testes aos profissionais dos lares e até ao próximo dia 13 devem estar todos concluídos. Hoje, dia 28, foram nove lares e depois haverá mais 15 que serão cobertos. Lares sociais e lares privados”.
O autarca defende que todos os lares devem ser testados, mesmo aqueles que ainda não estão legalizados, e que serão umas dezenas dos que a Segurança Social tem conhecimento. Para o presidente da Câmara de Loures, primeiro está a segurança e a saúde das pessoas e depois a questão da legalização.
«São medidas essenciais e que deverão continuar no futuro. Já propus que esta coordenação entre as diferentes entidades permaneça por mais meses, para que a situação seja monitorizada», afiançou o presidente da Câmara de Loures.
A decisão de monitorizar todos os lares foi tomada durante uma reunião, por video-conferência, da Área Metropolitana de Lisboa (AML), que envolveu também os 18 municípios da AML e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e responsável do Governo pela execução do estado de emergência na região de Lisboa e Vale do Tejo, Duarte Cordeiro, assim como entidades de saúde.
O plano, saído dessa reunião, tem para já uma duração prevista de 10 dias úteis, estimando-se que irá abranger 8.000 funcionários, mas deverá ser estendido, assumindo-se que não se deverá conseguir testar todas as pessoas neste período, afiança a AML. A recolha, colheita e entrega de testes para análise será feita por técnicos dos agrupamentos dos centros de saúde e das comissões de proteção civil.
O tratamento e análise dos testes estão a cargo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Instituto Superior Técnico, Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz.
Em relação à situação da pandemia no concelho de Loures, até ao momento, está controlada e o número de infectados segue o ritmo da Grande Lisboa. «Felizmente, até ao momento não necessitámos de utilizar os equipamentos de retaguarda. Mas estão montados e operacionais», defende Bernardino Soares, que apela a um esforço acrescido.
Bernardino Soares alerta que «a situação social vai ser dramática. Estamos a receber muitos pedidos de apoio. Temos de garantir a resposta social e, ao mesmo tempo, tem de haver um forte investimento público para dinamizar a actividade económica». Desse ponto de vista, o autarca manifestou a sua satisfação pelo facto de todos os concursos de obras públicas lançados pela autarquia terem concorrentes, o que garante a concretização dos projectos, bem como a continuação das obras em curso.