A DGS recomenda o uso de máscaras em transportes públicos, supermercados e farmácias, lembrando que o uso de máscaras em espaços fechados não deve levar a um abandono das medidas de distanciamento social ou de higienização das mãos.
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) recomenda o uso de máscaras “sociais” – feitas de algodão ou têxtil por exemplo – à generalidade da população que se encontre em espaços fechados com muitas pessoas, informou a ministra da Saúde, Marta Temido, durante a conferência de imprensa desta segunda-feira. Estas máscaras não são «para serem usadas por profissionais de saúde ou pessoas doentes», sublinhou a ministra.
A DGS emitiu, entretanto, um comunicado onde refere a importância de toda a gente usar máscaras quando estiver em espaços fechados com muitas pessoas, como supermercados, farmácias, estabelecimentos comerciais ou transportes públicos.
Em causa estão as «máscaras sociais, comunitárias, não cirúrgicas», explicou a ministra da Saúde, explicando: «existem três tipos de máscaras: os respiradores, que designamos por FFP, que são um equipamento de proteção individual destinado aos profissionais de saúde. Temos as máscaras cirúrgicas, um dispositivo que previne a transmissão de agentes infecciosos das pessoas que utilizam a máscara para as restantes»
«E depois, as designadas máscaras não cirúrgicas, que também de podem chamar máscaras comunitárias, sociais ou simplesmente equipamentos de proteção. Estes são dispositivos diferentes dos anteriores, não obedecem a normalização (normas), podem ser de diferentes materiais, como algodão, e são destinados à população em geral. Não se destinam, em caso nenhum, a ser utilizados por profissionais de saúde ou por pessoas doentes», frisou a ministra da Saúde.
«Na semana passada, a DGS já tinha recomendada a utilização de máscaras cirúrgicas a todos os profissionais de saúde, a pessoas com sintomas respiratórios e a pessoas que entrem em instituições de saúde, também a pessoas mais vulneráveis, como idosos com mais de 65 anos, com doenças crónicas e em estados de imunossupressão e, tendo alargado estas recomendações a alguns grupos profissionais como agentes das forças de segurança, militares, bombeiros, agentes funerários, trabalhadores de lares e IPSS, distribuidores de bens essenciais ao domicílio e profissionais que façam atendimento ao público onde não seja possível outras medidas de isolamento», lembrou Marta Temido.
Entretanto, a DGS reforça a importância de ter conhecimento sobre as «técnicas de colocação, uso e remoção» e recorda que a utilização de máscaras não deve levar a um abrandamento das medidas de distanciamento social, da higienização das mãos ou mesmo da utilização de barreiras físicas como acrílicos.
A informação mais actualizada da DGS contempla três tipos distintos de máscaras e como as usar:
os respiradores FFP, destinados aos profissionais de saúde (com uma norma para o modelo 2 e outra para o modelo 3); as máscaras cirúrgicas, que previnem disseminação de agentes infecciosos por parte de pessoas doentes; e as sociais, que “não obedecem a nenhuma normalização”, podendo ser feitas de um material têxtil e usadas pela generalidade da população.
A utilização das máscaras cirúrgicas e dos respiradores FFP2 e FFP3 «não gera controvérsia, já foi interiorizada e a sua utilização é clara», avalia Marta Temido.