A PROFISSÕES DA LINHA DA FRENTE EM CARNAXIDE VISTA PELA OBJETIVA DE UM REPÓRTER FOTOGRÁFICO

Missa de Domingo de Páscoa dada pelo Padre Pedro

Há muitos homens e mulheres na linha da frente do combate à pandemia de Covid-19. Alguns são heróis mais óbvios do que outros, mas todos se assumem como essenciais neste combate contra um inimigo invisível.

«Tenho orgulho de mostrar fotograficamente o meu apoio a todas as pessoas que estão a trabalhar, incansavelmente, para defender o nosso modo de vida contra o Covid19. Esse inimigo invisível que atacou as nossas vidas, mas juntos e unidos iremos vencer», afirma Álvaro Isidoro, um repórter-fotográfico de Carnaxide que, ao longo do estado de emergência, realizou um «diário fotográfico» sobre o «viver em pandemia em Carnaxide».

Quando falamos em profissionais que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus, pensamos, de imediato, nos médicos e enfermeiros. Mas não são só eles que estão na luta. Por trás das paredes dos hospitais, existe um batalhão de profissionais, dos mais diversos sectores, que nas cidades e freguesias, também, estão na linha da frente nesta batalha contra um inimigo invisível, assegurando o mínimo de condições à população que está confinada e que, como salienta, nas suas «caminhadas pela serra de Carnaxide estão a descobrir os prazeres do convívio com a natureza, apreciando o silêncio e o chilrear dos pássaros».

Para este profissional de comunicação social, «heróis são também todos os profissionais de segurança, de distribuição, do retalho e os que mantêm o País mais limpo e organizado, que se protegem, mas que não podem ficar em casa. São heróis e têm nomes, famílias e receios, como todos nós. Heróis que nos permitem ficar em casa, mais seguros e resguardados, heróis que assumem a linha da frente e a cada um queremos agradecer».

Grandes exemplos de abnegação, de solidariedade e de amor ao próximo foram-nos dados por homens e mulheres que, desde o princípio, asseguraram a distribuição de bens alimentares, o transporte de doentes, a limpeza urbana, o funcionamento dos supermercados, dos mercados e das pequenas mercearias e dos restaurantes de «comida para fora».

Na linha da frente do combate ao Covid-19 estão muitos profissionais de saúde que são também heróis e que todos os dias trabalham para a saúde e bem-estar de todos os que mais precisam deles neste momento. A coragem destes profissionais tem ultrapassado barreiras, cansaço, desânimo e medo. Mas, não podemos deixar de admirar todos aqueles «que não podem ficar em casa para ajudar os outros a ficar em casa», abdicando do conforto e segurança das suas casas para auxiliarem os outros.

E, neste caso, também está o padre Pedro Coutinho que, abdicando do conforto do seu lar, optou por celebrar missas, através da internet, durante o período de emergência e socorrer-se do apoio dos Bombeiros voluntários de Carnaxide para realizar a procissão da Páscoa.

Centro de Enfermagem Queijas

O «retrato» de uma pandemia

Do ponto de vista de Álvaro Isidoro, «o vírus Covid obrigou-nos a viver uma situação histórica, fez com que o Mundo parasse e obrigou a maioria da população a fechar-se em casa para atenuar a propagação do vírus, alterando profundamente o quotidiano. Contudo, muitos homens e mulheres pelas actividades que desempenham na sociedade, estiveram na linha da frente para manter o país a funcionar com o estritamente necessário. Este trabalho fotográfico visa retratar a linha da frente e algumas alterações do quotidiano dentro da minha comunidade».

Desde os voluntários das instituições, passando pelos policias e bombeiros, até aos empregados das cadeias de alimentação, dos restaurantes de takeaway, as senhoras da limpeza, todos são heróis, afirma Álvaro Isidoro, sublinhando que sentiu que todos «estavam imbuídos de um espírito de missão», mesmo sabendo que estavam a arriscar-se ao contágio pelo Covid-19.

Com este trabalho, que futuramente poderá ser editado em livro, Álvaro Isidoro deixa o agradecimento, de toda uma população, «a todos estes heróis que, diariamente, e correndo sérios riscos de contágio, permitiram que nós ficássemos em casa» para se controlar os riscos de contágio e que continuam, de forma devotada e anónima, a servir-nos todos os produtos que necessitamos para o nosso dia-a-dia e a podermos, tranquilamente, aguardar no conforto das nossas casas que esta crise passe e nos deixe.

Descarregue e leia a edição completa Olhares de Carnaxide e Queijas nº 5

Créditos de foto | Álvaro Isidoro | Outras fotos em: https://www.facebook.com/alvaroisidoro/media

 

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