No próximo sábado, dia 20 de junho, os Clã dão um concerto no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, um dos 20 teatros municipais que aderiu ao festival solidário «Regresso ao Futuro» para angariação de fundos para a cultura.
O festival Regresso ao Futuro é a segunda iniciativa musical durante o desconfinamento e marca o regresso de vários artistas portugueses aos palcos, depois do Covid-19 os ter abrigado a cancelar e a reagendar actuações e festejos. Assim, a 20 de junho, 20 teatro municipais, entre eles o de Almada, vão receber músicos nacionais, como Camané, Salvador Sobral, os Clã e os The Gift, numa iniciativa solidária, cuja receita reverterá para um fundo solidário para a cultura, criado pela Audiogest (Associação de produtores musicais) e pela GDA (Gestão dos Direitos dos Artistas)
Vinte (20) é, assim, o número mágico que vai voltar a ligar o som e a acender as luzes dos Teatros Municipais, resgatando-nos ao silêncio e ao afastamento a que a Covid-19 nos votou. Assim, no dia 20 de junho, às 21h30, 20 artistas portugueses e 20 Teatros Municipais celebram o Regresso ao Futuro. Os bilhetes têm o preço único de 10 euros e estão à venda a partir de terça-feira, 9 de junho, nos locais habituais e nas bilheteiras dos Teatros.
A iniciativa Regresso ao Futuro reafirma a vocação decisiva dos Teatros Municipais para a sustentabilidade da cultura em Portugal, a sua importante contribuição para a circulação artística, agindo como um catalisador de esperança, resiliência e confiança para o público, sempre dentro das regras sanitárias em vigor.
É, simultaneamente, também um acontecimento solidário que une e mobiliza os Teatros Municipais, os artistas, as equipas técnicas, a organização da Sons em Trânsito e o público numa frente comum que culmina na entrega das receitas de bilheteira ao Fundo de Solidariedade para a Cultura, criado pela Audiogest (associação que representa produtores musicais) e GDA (Gestão dos Direitos dos Artistas), destinado a todos os profissionais dos setores das artes.
O objetivo deste fundo é apoiar financeiramente, até ao limite das disponibilidades, profissionais (incluindo profissionais independentes e trabalhadores) do setor cultural, que se encontram a braços com uma crise sem precedentes. Tratar-se-á não de um apoio à produção, mas de um verdadeiro auxílio solidário de emergência que procurará dar prioridade àqueles que têm maiores necessidades económicas. Em determinadas condições poderão ser apoiadas algumas empresas do setor, sempre com o objetivo e condição da manutenção dos postos de trabalho.
O público é ainda convidado a levar alimentos não perecíveis para entrega nos Teatros, que serão recolhidos e distribuídos pela União Audiovisual junto dos profissionais dos setores das artes que se encontram em situação de maior vulnerabilidade alimentar.