MAIS UMA «PEÇA» RELIGIOSA RECUPERADA POR OEIRAS

A Câmara de Oeiras tem apostado na recuperação do património edificado religioso, fez questão de lembrar o presidente da autarquia, após a bênção pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, do novo órgão de tubos da paróquia de Paço de Arcos.

Adquirido com um apoio de 100 mil euros da Câmara de Oeiras à Fábrica da Igreja do Senhor Jesus dos Navegantes em 2019, o novo órgão de tubos da Igreja Paroquial de Paço de Arcos foi hoje, de manhã, abençoado pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.

Segundo Isaltino Morais, o financiamento da reconstrução deste órgão é demonstrativo do esforço que a a autarquia está a realizar na recuperação do património religioso existente no concelho, em reconhecimento do trabalho social desenvolvido pela igreja na sociedade portuguesa, designadamente na oeirense.

No entanto, apesar desta critica, o autarca fez questão de salientar o importante trabalho social desenvolvido pelas diferentes paróquias do concelho, sublinhando que a Câmara de Oeiras «assume toda a responsabilidade pela recuperação do património da Igreja, em reconhecimento da dimensão social» da instituição.

Acompanhado pelos presidentes das Uniões de Freguesia de Oeiras, Paços de Arcos e Caxias, Madalena Castro, e de Algés, Linda-a-Velha, Cruz Quebrada e Dafundo, Rui Teixeira, e pela presidente da Freguesia de Barcarena, Sandra Marques Cortes, Isaltino Morais aproveitou a cerimónia para lamentar que «os padres tenham pudor em revelar os apoios financeiros que recebem dos municípios».

Do ponto de vista de Isaltino Morais, «os padres deviam expressar, sem pudor, que recebem apoios financeiros da Câmara Municipal», evitando-se, assim, que o município tenha «de colocar tabuletas a dizer que a obra é totalmente financiada pela autarquia».

No entanto, apesar desta critica, o autarca fez questão de salientar o importante trabalho social desenvolvido pelas diferentes paróquias do concelho, sublinhando que a Câmara de Oeiras «assume toda a responsabilidade pela recuperação do património da Igreja, em reconhecimento da dimensão social» da instituição.

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Em resposta, o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, após referir que subscreve a fundamentação apresentada por Isaltino Morais, realçou que «as autarquias são as primeiras representações de todos nós e das comunidades onde estão inseridas em particular», agradecendo o papel dos municípios na recuperação do património religioso.

Na perspetiva de D. Clemente, o papel dos religiosos «é servir as instituições e a comunidade, tanto em termos espirituais como materiais».

Para o Cardeal Patriarca de Lisboa, «precisamos de estar perto de todos para servir melhor a humanidade», lembrando o importante papel do órgão, que tinha acabado de benzer, nas comunidades religiosas, porque «expressa todos os sentimentos da comunidade cristã.»

A presidente da União de Freguesias de Oeiras, Paço de Arcos e Caxias, Madalena Castro, depois de lamentar a não realização das tradicionais festas do Senhor Jesus dos Navegantes, lembrou que, este ano, as cerimónias de homenagem ao Patrão Lopes «vão ser simbólicas», esperando que, em 2021, já se pode comemorar condignamente «as festas de Paço de Arcos».

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Já o pároco de Paço de Arcos, José Luís Costa, explicou: «Vamos aproveitar e apresentar, durante a missa do Senhor Jesus dos Navegantes e de encerramento do ano jubilar, em que celebramos os 50 anos de existência da nossa comunidade paroquial, bem como abençoar e apresentar o nosso novo órgão. Um magnífico instrumento que enriquece a nossa paróquia, o nosso concelho».

Apesar dos condicionalismos provocados pela pandemia, o padre José Luís salientou que este ano «não é possível reunir a comunidade da Vila de Paço de Arcos para celebrarem o padroeiro» como têm feito «ao longo destes últimos 100 anos, por causa da pandemia Covid-19, por isso, as festividades terão outra dimensão, outro aspeto.

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