«O divórcio» é a nova comédia de costumes de Beto Valles, que vai estar em cena em outubro no palco do teatro do Belém Clube, Lisboa, com os actores Luís Mascarenhas (filho) e Ana Morgado, e cuja receita reverte a favor dos Bombeiros Voluntários da Ajuda.
Instituição fundada em março de 1899 pelo comerciante da Ajuda Joaquim Maria Nunes, o teatro do Belém Clube, na Rua da Junqueira, 243ª, em Lisboa, vai levar a cena, entre os dias 9 e 11 de outubro, a peça «O Divórcio», de Beto Valles, e cuja receita de bilheteira reverte a favor dos Bombeiros Voluntários da Ajuda.
A comédia «O Divórcio», interpretada por Luís Mascarenhas (filho) e Ana Morgado, promete trazer muitas gargalhadas e um serão bem animado no teatro do Belém Clube, «honrando os pergaminhos» das comédias de costumes ou satíricas que analisam os comportamentos humanos e dos costumes num determinado contexto social, tratando frequentemente de amores ilícitos, da violação de certas normas de conduta.
A trama desta comédia desenvolve-se a partir da vida amorosa de Paulo (interpretado pelo actor Luís Mascarenhas (filho), que tem uma amante, e de Juvenália (interpretada pela jovem actriz Ana Morgado). De uma forma espirituosa e cómica, com um diálogo vivo e cheio de ironia, o casal Paulo e Juvenália colocam a grande questão: «Qual casal da treta, qual quê! A treta? É estar casado!»
À «boa maneira» do dramaturgo francês Molière, um dos principais mestres da comédia satírica, o drama desenrola-se numas «águas furtadas de um prédio na Graça, onde os vizinhos conhecem o casal Paulo e Juvenália. Ela, mãe devota de dois filhos, cristã, trabalhadora e fiel ao grande amor da sua vida, que é o Paulo. Ele, pai devoto dos 4 filhos, os dois que tem com a esposa, mais os outros dois que tem com a vizinha do prédio em frente… As mulheres são duas… Mas as sogras também!» Todavia, como em tudo na vida, «os 17 anos de casamento terminam com a descoberta da bigamia de Paulo. O casal, em mútuo acordo, decide terminar tudo e pedir o divórcio… Ou não».
