Mais 160 casas para pessoas sem-abrigo foram, ontem, disponibilizadas para serem arrendadas a pessoas sem-abrigo, garante um protocolo assinado entre a Câmara de Lisboa e quatro associações envolvidas na gestão do programa “Housing First”.
Entre Janeiro e Dezembro deste ano, a Câmara de Lisboa quer retirar das ruas mais de 300 pessoas e levá-las para habitações próprias arrendadas pelo programa “Housting First”, porque, como salientou o vereador Manuel Grilo durante a cerimónia da assinatura do protocolo, «estes são tempos difíceis para muitos, sobretudo para quem já vivia em situações dramáticas de desemprego crónico, de falta de habitação. Estas pessoas são a nossa prioridade».
Este programa, realça o vereador Manuel Grilo, garante o aluguer de casa e acompanhamento de reintegração mais 160 pessoas atualmente sem teto.
O programa Housing First da CML foi alargado de 80 para 340 vagas no decorrer dos últimos meses, de modo a melhor responder à crise social premente. Ainda durante o mês de setembro será assinado o último protocolo para garantir a atribuição das últimas 40 casas, depois do concurso para 200 vagas ter sido lançado no passado mês de Maio.
Na ocasião, o Vereador afirmou «acelerámos respostas, investimentos e parcerias para fazer frente à crise social que a cidade vive».
Num esforço de alargamento da gestão por várias instituições com presença no terreno, o programa financiado pela Câmara conta hoje com o GAT – Grupo de Ativistas em Tratamento, VITAE, Crescer e AEIPS como parceiras de terreno.
O programa prevê que o arrendamento de uma habitação independente e um acompanhamento de proximidade por técnicos sociais. O programa é dirigido a pessoas que estão há muitos anos na rua, em grande vulnerabilidade social e de saúde, em situação crónica de desemprego, que não aderiram a outras respostas. Assim, garantindo em primeiro lugar o direito à habitação, com apoio, as pessoas têm uma base para reestruturar a sua autonomia.