NOVA SEDE DA AUCHAN EM OEIRAS MOSTRA CONFIANÇA NO FUTURO

Confiança e esperança no futuro, foram as palavras utilizadas por Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Siza Vieira e Isaltino Morais, durante a inauguração da sede da Auchan em Oeiras, fruto da estratégia desenvolvida de atração de empresas para o concelho.

A inauguração da nova sede do grupo francês Auchan em Paço de Arcos, Oeiras, é um sinal de confiança e a demonstração que «há vida para além da pandemia». Esta é a convicção do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do ministro de Estado da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, presentes na cerimónia.

Aliás, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras foi o primeiro a referir-se ao simbolismo desta inauguração em tempos de pandemia, tendo salientado que este investimento é «um bom prenúncio», porque, defendeu, «embora tenha sido feito antes da pandemia, é agora que está a ser inaugurado e isso significa que as coisas não param e que é preciso avançar. O país tem de continuar a sua vida».

Isaltino Morais, que se encontrava acompanhado pelo vice-presidente da autarquia, Francisco Gonçalves, e pela vereadora Joana Baptista, lembrou que a relação com a Auchan é antiga e que foi em Oeiras, mais propriamente em Carnaxide, que foi implantado o primeiro grande hipermercado desta cadeia de retalho alimentar e, também por isso, esta deslocalização «não é por acaso.

«O lema da Auchan é ‘militantes do bom, do são e do local’. Ora isto não poderia ser mais Oeiras Valley. Se há 30 anos tínhamos espaços próprios para instalar as empresas, nos parques empresariais, hoje o território está de tal forma requalificado que se podem instalar em qualquer parque do concelho, seja qual for a sua natureza», afirmou o autarca, salientando que todo o território «está qualificado para receber as empresas».

O autarca, após referir que 30% das empresas de base tecnológica estão sediadas no concelho, defendeu que «em Oeiras criamos a marca Oeiras Valley», o que representa um novo ciclo de desenvolvimento para Oeiras.

Isaltino Morais aproveitou a presença do Presidente da República e do ministro de Estado da Economia para pedir que as «decisões sobre as regiões tem de ser tomadas por quem sente a dor». Dirigindo-se diretamente a Marcelo Rebelo de Sousa, o autarca afirmou: «o Presidente da República é o farol que pode iluminar os governantes a darem mais poder a quem está no terreno, por forma a conseguir-se um país mais justo e mais descentralizado».

Centro de Enfermagem Queijas

Já ao ministro Pedro Siza Vieira, Isaltino Morais pediu para influenciar os outros membros do executivo de António Costa para «a realização da tão desejada reforma da administração pública».

Por seu turno, o Presidente da República após ter elogiado a Auchan pela inauguração da sua nova sede em Portugal e, em resposta a Isaltino Morais, lembrou que foi autarca em Celorico de Basto e, por isso, «o Presidente da República é um apoiante da descentralização.

Após este pequeno «aparte», o Presidente referiu que os investimentos no atual contexto de pandemia de covid-19 são um «sinal» de esperança e confiança no futuro, defendendo que «a melhor ocasião para investir é esta”.

Marcelo Rebelo de Sousa recordou que «os milhões os euros que vão chegar – assim cheguem mais depressa do que mais tarde – de Bruxelas só valerão a pena se, além do papel do Estado, houver o papel da sociedade civil, dos investidores».

«Que continuem a investir, que percebam que a melhor ocasião de investir é esta, não é mais tarde, tarde demais», pediu, acrescentando: «As grandes decisões de investimento tomam-se nos momentos mais complexos e difíceis, e são essas, as que antecipam os acontecimentos, que têm maior sucesso. Não são aquelas que vão a reboque, quando é óbvio que é preciso investir, essas são tardias».

Do ponto de vista de Marcelo Rebelo de Sousa, «de nada valerão os milhões vindos de Bruxelas se o país não for mais igual, se não houver menos pobreza, se não houver menos desigualdade, se não houver maior coesão social», porque «aí haverá alguns que beneficiarão, mas não todos».

Responsabilidade Social

Sobre a Auchan Retail, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou-a pela «confiança, esperança e determinação relativamente ao futuro» e considerou que este grupo distribuidor francês «cumpre a sua missão, em Portugal, por um lado, investindo, por outro lado, modernizando e, em terceiro lugar, mostrando responsabilidade social».

«É legítimo apelar àqueles como a Auchan para que continuem a dar exemplo de investimento, de modernização, de responsabilidade, de coesão social», reforçou o Presidente da República, referindo que o seu relacionamento com a Auchan, como cliente, já tem 50 anos, porque nunca delega «nos outros aquilo que pode fazer, nomeadamente as compras para casa que também efetua no comércio local».

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, que também recordou as suas ligações, tanto em termos profissionais como cliente, com a Auchan, considerou que «quando se faz a inauguração de uma nova sede é porque se tem confiança no futuro», lembrando que o país está a entrar numa fase «de recuperação económica».

Pedro Siza Vieira fez questão de realçar que «as medidas tomadas pelo Governo, por causa da pandemia, provocaram uma grande quebra na economia.  Neste momento, estamos a atravessar um período de recuperação económica, mas só conseguiremos chegar aos índices de 2019, daqui a uns anos»

Os valores Auchan

Por seu turno, Pedro Cid, CEO da Auchan Retail Portugal salientou: «Com esta nova sede quisemos espelhar os valores da Auchan.  É um edifício aberto às equipas dos serviços de apoio, das lojas e à comunidade. Quisemos criar um ambiente Bom, São e Local, que potencie a excelência de performance das nossas equipas e responda à confiança que depositamos nos nossos colaboradores, pondo à sua disposição diferentes tipologias de zonas e tecnologias de trabalho, e um conjunto de equipamentos e espaços de lazer que promovam o seu bem-estar».

Todavia, como defendeu, uma empresa só se desenvolve com o trabalho dos colaboradores, clientes e fornecedores. E, por isso, afirmou: «É para a minha equipa que dirijo a minha primeira palavra: obrigado pelo vosso empenho de construir esta empresa de portugueses para portugueses. Esta sede é vossa».

Pedro Cid vincou ainda que a mudança da sede de Alcântara para Paço de Arcos, no concelho de Oeiras, 50 anos depois, é «um marco», notando que esta morada «é sinal da transformação que a empresa tem vindo a realizar nos últimos anos».

«As empresas têm que ser membros ativos da sociedade», considerou Pedro Cid, salientando que a construção da nova sede «reforça a aposta do grupo retalhista em Portugal», lembrando que este espaço irá acolher «500 postos de trabalho fixos e mais de 100 postos flexíveis».

«Retrato» da nova sede

A nova sede, construída de raiz, vai contar com uma área de 6.000 m2, tem cerca de 500 funcionários e prevê um programa de conforto e qualidade às condições de trabalho que inclui ginásio, copa e refeitório, cacifos individuais, 285 lugares de estacionamento e zonas de estadia exterior ajardinadas.

A estes lugares de estacionamento somam-se os 329 lugares já disponibilizados na zona comercial, sendo que aquela zona é ainda beneficiada pelo Parque de Estacionamento do Parque dos Poetas, recentemente inaugurado, com uma oferta de 321 lugares e pelo futuro Centro de Congressos, cujo projeto está em fase de conclusão e que contará com uma oferta de 900 lugares.

Destaque ainda para a abertura à circulação do Viaduto da Quinta da Fonte, até ao final do mês de setembro, que criará uma nova alternativa de acessibilidade e mobilidade na zona em causa. Um investimento de cerca de 2.000.000€.

Ao nível da mobilidade suave na zona envolvente, encontra-se em execução a Ciclovia Empresarial, que liga a Estação de Paço de Arcos, a Quinta da Fonte e o Lagoas Park, num investimento de cerca de 1.400.000€ com conclusão prevista para novembro.

Esta zona é ainda servida pelas carreiras da Vimeca e pelo COMBUS e Valley Shuttle, operacionalizados pelo Município.

A mudança de instalações do grupo retalhista para Oeiras é fruto natural das atuais condições oferecidas pelo Município no âmbito de uma estratégia que tem vindo a ser desenvolvida de atrair grandes empresas para o território.

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