FÁBRICA DE ÁGUA DE BEIROLAS COM NOVA VIDA

O ministro do Ambiente e o presidente da Câmara de Lisboa inauguraram a “nova” Fábrica de Água de Beirolas e o Centro de Educação Ambiental, sublinhando que esta infraestrutura assegura a qualidade ambiental, ao ser reutilizada para limpeza e rega.

A ETAR de Beirolas, também conhecida como Fábrica de Água de Beirolas, faz o tratamento de efluentes domésticos de habitantes dos concelhos de Loures e de Lisboa e, de acordo com a presidente da empresa Águas do Tejo Atlântico, Ana Silveira, esta empreitada de construção e beneficiação das instalações permitiu «melhorar órgãos antigos que já estavam a precisar de melhorias e aumentar a resiliência da instalação, nomeadamente em tempo de chuva, aumentando a capacidade».

Esta obra de «Beneficiação da Fábrica de Água de Beirolas», reforça a visão e o posicionamento da Águas do Tejo Atlântico em relação ao futuro, nomeadamente, na transição da economia linear para a circular e, em simultâneo, garantir que as infraestruturas que asseguram a qualidade ambiental e de saúde pública estão sempre numa trajetória de melhoria continua e de eficiência, a favor da região e das populações servidas, salientou a presidente das Águas do Tejo,

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, referiu-se ao «impacto muito positivo desta obra, pois, além de eliminar os odores, representa um enorme ganho ambiental». O ministro revelou, ainda, que existem 975 projetos relacionados com os ciclos da água, associados às alterações climáticas, no valor de 950 milhões de euros.

A redução do consumo de água potável é uma das preocupações do ministro João Matos Fernandes que aponta a reutilização de águas residuais para a rega e lavagens de ruas como a solução mais imediata para garantir uma maior disponibilidade hídrica».

Já o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, lembrou que, «Lisboa está a ser ‘trabalhada’, de uma ponta a outra, para instalar a rede de água reutilizada (Água+), num investimento que vai permitir uma significativa poupança de água».

Evocando a história das Águas do Tejo Atlântico ao «serviço dos ciclos de água», Fernando Medina lembrou que esta obra «está enquadrada nas diferentes iniciativas ambientais, inseridas em Lisboa Capital Verde Europeia», recordando que a Câmara de Lisboa prevê poupar cerca de 75% de água potável até 2025, através de um plano de reutilização de água, num investimento total de 16 milhões de euros.


O vereador do Ambiente, José Sá Fernandes, que entregou o galardão de Lisboa Capital Verde Europeia á administração das Águas Tejo Atlântico, fez questão de referir que «a rega de jardins com águas reutilizada vai demorar mais um pouco, porque a Agência do Ambiente criou uma série de regras que dificultam a implantação do sistema».

Desodorização

Esta empreitada teve como principais intervenções a beneficiação da obra de entrada e do tratamento preliminar, a construção de uma linha para tratamento de caudais de tempo húmido, o aumento da capacidade de elevação para o tratamento biológico, a beneficiação da linha de lamas, e a remodelação do sistema de desodorização da fase líquida e a melhoria do confinamento das zonas de maior produção de odores.

Este investimento de cerca de 5,3 milhões de euros vai beneficiar cerca de 214.000 habitantes dos municípios de Lisboa e Loures e permite lançar o efluente tratado na bacia do Tejo e tem capacidade para tratar um caudal médio de 54.500 m3/dia.

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