AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CARNAXIDE APOSTA NA CONSOLIDAÇÃO DO CONHECIMENTO

A reabertura das aulas no Agrupamento de Escolas de Carnaxide foi normal e realizada em toda a segurança, com alterações nos horários do 2-º 3.º ciclo e Secundário.

«Queremos que o regime presencial se prolongue durante todo o ano, mas também se tivermos que ter ensino misto ou não presencial estamos preparados para o fazer», afirma o diretor do Agrupamento de Escolas de Carnaxide, António Seixas, sublinhando que «1700 alunos, dos 2400 do agrupamento, têm horários diferenciados».

Com 250 professores e 60 assistentes operacionais, o Agrupamento Escolar de Carnaxide tem trabalhado diretamente com os pais e as Associações de Pais sobre a forma e o modo como vai ser «o ensino neste ano de pandemia», estando a monitorizar todos «os motivos que levam os alunos a faltar».

Recuperar e consolidar conhecimentos são, de certa forma, os objetivos destes primeiros dias de aulas, defende o professor António Seixas, revelando que, durante o período de encerramento das escolas, «alguns alunos que eram pouco participativos na sala, passaram a ser mais interventivos, demonstrando uma nova apetência para o estudo».

Após louvar a atitude da Câmara de Oeiras ao disponibilizar mais assistentes operacionais, ultrapassando inclusive o rácio proposto pelo Ministério da Educação, António Seixas garante que, este ano letivo vai ser «totalmente diferente», mas as escolas estão preparadas e adaptaram o ensino aos novos tempos. Contudo, não há risco zero, alerta.

«Estivemos meses a preparar o ano letivo, como fazemos normalmente, mas este ano com um encargo adicional relativo à segurança», explica, admitindo que «o futuro é incerto, mas está confiante que tudo vai decorrer de forma muito positiva».

O Diretor do Agrupamento de Escolas explica que, «a reorganização dos horários escolares, designadamente o funcionamento das salas e turmas, foi feito de moldes a acomodar a totalidade dos tempos definidos nas matrizes curriculares, evitando a concentração do número máximo de alunos aos intervalos, no período de almoço e no turno da manhã».

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Necessário requalificar escolas

Mas, como refere, a pandemia veio «colocar a nu» algumas fragilidades da rede escolar, nomeadamente a necessidade de requalificação da maioria dos estabelecimentos de ensino, do Agrupamento de Escolas de Carnaxide.

António Seixas é perentório: «alguns problemas que temos são antigos, não tem nada a ver com a pandemia, mas refletem-se na qualidade do ensino ministrado. Precisamos de requalificar as escolas, em termos de salas, de espaços polivalentes e criar espaços exteriores mais amplos». Ou seja, promover um maior conforto para alunos e professores que permita atingir «a tal qualidade de ensino que Oeiras almeja».

Neste momento, como adianta António Seixas, um dos problemas prende-se com a necessidade de «criação» de mais espaços para responder ao aumento substancial de alunos do pré-escolar e do 1º Ciclo.

«Existe uma grande procura de alunos do pré-escolar e do 1º Ciclo, onde todas as aulas curriculares são lecionadas em espaços pequenos, neste ano letivo regista-se mais uma vez o aumento da procura do pré-escolar, mas, dada a carência de salas só estamos a admitir crianças com 5 anos, não dando resposta a todas as crianças com 4 anos», afiança.

Segundo este responsável, «com mais 2 ou 3 salas do jardim de infância resolvíamos o problema e, provavelmente, conseguiríamos abrir o pré-escolar a crianças a partir dos 3 anos», lembrando que «o Agrupamento de Escolas de Carnaxide foi responsável pela mudança do regime de desdobramento para o regime normal na Escola Sylvia Philips, uma resposta aos alunos do 1º Ciclo, com custo zero para a autarquia».

O diretor do Agrupamento de Escolas, apesar de realçar a boa relação existente com a autarquia, com quem se reúne mensalmente, lamenta que no seu Agrupamento ainda existam algumas salas em pré-fabricado, com cerca de 10 anos, e que o refeitório da Escola Sylvia Philips em Carnaxide não tenha cozinha própria. Situações que tem de ser revistas urgentemente.

Do ponto de vista deste docente, é necessário «mudar a tipologia das escolas», assegurar que os «alunos do 1º Ciclo estejam em salas adequadas ao seu currículo e com dimensões para o máximo de 24 alunos» e rever «a carta Educativa de Oeiras para reorientar a rede pública escolar em termos do concelho», salienta.

 Constituído pelas escolas EB/JI São Bento – Valejas, a EB/JI Antero Basalisa – Carnaxide, a EB Sylvia Philips – Carnaxide, a EB Vieira da Silva – Carnaxide e a ES Camilo Castelo Branco, o Agrupamento de Escolas de Carnaxide, que conseguiu desconcentrar os seus 2400 alunos, alargou o seu horário de funcionamento de forma a conciliar o desenvolvimento das atividades letivas e não letivas, segundo as orientações das autoridades de saúde, explica António Seixas.

Assim, além das regras de seguranças definidas pela Direção-Geral da Saúde e pelo Ministério da Educação, que preveem a utilização obrigatória de máscaras, a definição de circuitos de circulação ou a higienização dos espaços, o próprio funcionamento das escolas do Agrupamento está a ser diferentes, com horários alargados e desfasados à organização das turmas em “bolhas” para minimizar contacto entre alunos.

 

 

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