A Câmara de Loures é uma das cinco finalistas do Prémio IPPS-Iscte Políticas Públicas. A distinção resulta do projeto “Partilha de informação e ação conjunta no combate à pandemia de COVID-19 no concelho de Loures, na fase da primavera/verão”.
Com o projeto “Partilha de informação e ação conjunta no combate à pandemia de COVID-19 no concelho de Loures, na fase da primavera/verão”, a Câmara Municipal de Loures é uma das finalistas na categoria de administração local do Prémio IPPS-Iscte Políticas Públicas, organizado pelo Iscte – Instituto Universitário de Lisboa e pelo seu Instituto de Políticas Públicas e Sociais.
Este programa permitiu à autarquia viabilizar a realização de testes para deteção da Covid-19, a atribuição de apoios sociais alimentares, de emergência e de bens essenciais e o realojamento de emergência de indivíduos, com vista a garantir condições de isolamento.
O Prémio IPPS-Iscte Políticas Públicas distingue as melhores práticas de administração pública em Portugal, tendo uma categoria para projetos da administração central e outra categoria para projetos municipais. Para além do projeto de Loures, também os municípios de Cascais, Barreiro, Porto e Matosinhos tiveram políticas de administração local distinguidas e fazem parte dos cinco finalistas. Os vencedores serão conhecidos a 20 de novembro, através de uma cerimónia online.
«Com a partilha de informação anonimizada entre a Unidade de Saúde Pública do ACES Loures/Odivelas e o município foi possível passar a ter um retrato semanal do número de casos ativos e da sua distribuição no espaço, tanto por freguesia como por bairros ou zonas mais pequenas do território», explicou a Câmara Municipal de Loures ao apresentar o projeto. «Essa informação confirmou que a epidemia estava concentrada sobretudo em focos de população com dificuldades socio económicas, sujeita a uma forte precariedade laboral, com sobrelotação ou precariedade habitacional e utilizadora habitual de transportes públicos».
Segundo a autarquia, foi no início do mês de junho que equipas multidisciplinares conjuntas de saúde, da segurança social e do município se deslocaram ao domicílio dos casos positivos concentrados nos maiores focos de incidência, para rastrear os contactos de alto risco, promover condições sociais essenciais para o respeito do isolamento e encontrar respostas habitacionais de emergência. “Foram realizados testes aos coabitantes, atribuídos apoios sociais de emergência, alimentares ou de bens essenciais e, nos casos em que isso fosse necessário, foi providenciado o realojamento de emergência de indivíduos, para garantir condições de isolamento”.
Nesta 2ª. edição, o Prémio IPSS – Iscte Políticas Públicas contemplou duas categorias: administração local – câmaras municipais e juntas de freguesia – e departamentos da administração central do Estado e de institutos públicos. Foram avaliadas – por um júri presidido por Maria Asensio, professora do Iscte – as políticas públicas que, dentro de cada uma das categorias, produziram melhorias nas vidas dos cidadãos durante a pandemia da Covid-19. Esta edição recebeu, no total, 75 candidaturas.
«Pretendemos dar a conhecer as melhores práticas implementadas no nosso país e, ao mesmo tempo, reconhecer e valorizar o bom trabalho que está a ser feito e que pode ser replicado por outros organismos», afirma Ricardo Paes Mamede, presidente do IPPS – Instituto para as Políticas Públicas e Sociais do Iscte. «Só com uma execução de medidas muito eficientes iremos conseguir reduzir os efeitos catastróficos que a pandemia trouxe, e continuará a trazer, em termos económicos, sociais, educativos e culturais».