O velório de Carlos do Carmo vai ser aberto ao público, a partir das 10 horas, de hoje, segunda-feira, na Basílica da Estrela, em Lisboa, sendo o funeral reservado à família e amigos próximo, que o recordam como um homem generoso e que ajudou a mudar a história da música portuguesa.
As cerimónias fúnebres de Carlos do Carmo, cujo corpo vai estar em câmara ardente na Basílica da Estrela, em Lisboa, realizam-se hoje segunda feira, dia de luto nacional decretado pelo Governo. Hoje, os portugueses despedem-se do homem que, no primeiro dia do ano 2021, morreu no Hospital Santa Maria. Carlos do Carmo era a andorinha e a voz de Lisboa, o fadista do charme e do Bairro da Bica que se despediu dos palcos na data decidida, em novembro de 2019, com três concertos, salas lotadas em Braga, no Porto e em Lisboa, o público de pé, ovação demorada, e ele de lágrimas no rosto antes sequer de começar a cantar o fado que renovou e espraiou pelo mundo. «A vida correu-me bem», repetiu nas últimas entrevistas.
A Universal Music, editora do cantor «emitiu um comunicado a dar conta dos horários das cerimónias fúnebres de Carlos do Carmo. De acordo com a editora, «as cerimónias fúnebres de Carlos do Carmo realizam-se no dia 4 de janeiro, segunda-feira, a partir das 10h da manhã, na Basílica de Estrela em Lisboa. Às 14h, realizar-se-á uma missa de corpo presente. A cerimónia será aberta a todos os que queiram prestar uma última homenagem ao fadista que nos deixou, com as devidas regras de segurança sanitária em curso. O funeral será realizado num cemitério em Lisboa, cerimónia esta reservada à família e amigos mais próximos “.
O velório tem início às 10:00 de segunda-feira, na Basílica, sendo rezada missa de corpo presente pelas 14:00, seguindo-se o funeral para um cemitério da capital portuguesa ainda a designar, segundo a família do cantor.
As cerimónias coincidem com o dia de luto nacional, pela morte de Carlos do Carmo, decretado pelo Governo, para segunda-feira. Carlos do Carmo morreu sexta-feira, aos 81 anos, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Nascido em Lisboa, em 21 de dezembro de 1939, era filho da fadista Lucília do Carmo (1919-1998) e do livreiro Alfredo Almeida, proprietários da casa de fados O Faia, onde começou a cantar, até iniciar a carreira artística, em 1964.
Distinguido com o Grammy Latino de Carreira, em 2014, entre outros galardões, o seu percurso passou pelos principais palcos mundiais, do Olympia, em Paris, à Ópera de Frankfurt, na Alemanha, do ‘Canecão’, no Rio de Janeiro, ao Royal Albert Hall, em Londres.
O cantor despediu-se dos palcos em 09 de novembro de 2019, com um concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
A publicação do seu derradeiro álbum, “E Ainda?”, prevista para o passado mês de novembro, foi anunciada hoje para este ano, pela editora Universal Music.
Foto de capa: Câmara Municipal de Lisboa – Dia de luto nacional | cml@AnaLuisaAlvim