“Lisboa Menina e Moça”, fado que é, desde o desaparecimento de Carlos do Carmo, a canção da cidade, foi o mote do artista Mário Belém para o mural de homenagem que amanhã é oficialmente inaugurado. A iniciativa partiu da Junta de Freguesia de Alvalade e já pode ser apreciado.
A Junta de Freguesia de Alvalade vai promover este fim-de-semana uma homenagem a Carlos do Carmo, com dois concertos no Mercado de Alvalade e ainda a inauguração oficial do mural “Lisboa Menina e Moça”, que contará com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, assim como de familiares do fadista, entre eles a mulher, filhos e netas.
O mural foi pintado na fachada da Biblioteca Manoel Chaves Caminha, na Avenida Rio de Janeiro foi desenhado em altura e conta com vários pequenos detalhes da cidade e da sua história e cultura, dos elétricos ao Padre António Vieira, passando pelo «Livro do Desassossego», assinado por Bernardo Soares, uma das criações literárias de Fernando Pessoa.
Junto à placa, como que encostado a um manjerico, vemos o nome Carlos do Carmo e o fadista de microfone na mão, a cantar a sua cidade.
A inauguração do mural, situado na fachada da Biblioteca Manoel Chaves Caminha, na Avenida Rio de Janeiro, acontece pelas 18H30 de amanhã. Quanto à homenagem musical, pensada para relembrar a obra de Carlos do Carmo, tem início pelas 20H30, e conta com atuações do fadista Marco Rodrigues e ainda de Gil do Carmo, filho de Carlos do Carmo.
As homenagens ao «grande senhor do fado» continuam no domingo, pelas 17H30. O Mercado de Alvalade volta a receber mais um concerto, com o objetivo de enaltecer a obra do fadista que nos deixou no início deste ano, reunindo no palco Rodrigo da Costa Félix, uma das maiores referências do Fado da sua geração, e Filipa Martins, fadista de alma e coração.
A sala tem lotação limitada, de forma a cumprir todas as normas e regras de segurança e higiene exigidas, e encontra-se desde já completa. Contudo, os concertos serão transmitidos em direto na página de Facebook da Junta de Freguesia de Alvalade.
O país ainda estava a acordar da chegada do novo ano, quando 2021 nos deu a primeira perda. Carlos do Carmo, fadista que nasceu e viveu na Lisboa que cantou, morria aos 81 anos. Agora, nasceu um novo mural para lhe prestar tributo.
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