(IN)TEMPORAL CHORUS À PROCURA DE VOZES PARA CRIAR CORO INFANTIL

Algo divino acontece quando um grande grupo canta em perfeita “harmonia”. É, realmente, uma experiência única que pode ser vivida com o grupo coral (In)temporal Chorus, sediado no Centro Cultural de Algés, que tem como próximo objetivo formar um coro infantil. 

Cantar é, porventura, o ato mais simples e maravilhoso que qualquer pessoa pode fazer em qualquer circunstância da vida e em qualquer idade. É empolgante, libertador, entusiasmante, e ao mesmo tempo relaxante, terapêutico! Talvez por isso seja habitual ouvirmos: «quem canta seus males espanta». No fundo esta é a filosofia que está adjacente à formação do grupo coral (In)temporal Chorus, sediado em Queluz de Baixo, mas que ensaia no Centro Cultural de Algés, espaço cedido pela União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha, Cruz Quebrada/Dafundo.

Criado em plena pandemia, no dia 11 de novembro de 2020, o (In)temporal Chorus «nasceu, realmente», durante um encontro de amigos, comemorativo da passagem de ano 2018/2019 – todos amantes de cantar em conjunto, porque cantar é uma atividade simples e eficaz, que permite trabalhar de forma alegre e espontânea vários aspetos importantes para o bem-estar das pessoas.

O maestro Fernando Quintela, responsável artístico de vários grupos corais da região de Lisboa e Vale do Tejo, aderiu de imediato à ideia do grupo de amigos, que considera que a música, enquanto fenómeno humano, universal e estético, faz parte da nossa vida. É essa ligação música-emoção que justifica o poder que ela tem em nós.

Isso mesmo entendeu o presidente da União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha, Cruz Quebrada/Dafundo, Rui Teixeira, que, «de um dia para outro, resolveu o problema da falta de instalações do grupo coral, «arranjando-lhes» um espaço no Centro Cultural de Algés», afirma a presidente da (In)temporal Chorus – Associação Musical, Nadine Mesquita, opinião que é compartilhada pelo presidente da Assembleia Geral, Frederico Pais, que realça a importância da cedência das instalações para a dinamização deste projeto, onde se cantam «desde obras do compositor Fernando Lopes-Graça, até ao cancioneiro de Elvas (manuscrito português do século XVI)».

Com um vasto repertório, que vai também dos espirituais negros ao samba brasileiro, da música sacra à música tradicional de vários países, este coro, com 22 coralistas, tem como objetivo dinamizar «toda a comunidade à sua volta», mesmo a mais jovem, indo por isso realizar um workshop de iniciação à prática vocal para jovens dos 6 aos 14 anos, de 2 a 5 de agosto, que servirá de embrião para «criar um coro infantil», adiantam Nadine Mesquita e Frederico Pais, porque a música traz «benefícios para indivíduos em qualquer faixa etária», podendo ajudar a promover a saúde física e emocional das crianças, dando-lhes ainda grande capacidade de raciocínio lógico. Há quem diga que um músico será sempre um bom matemático!

Mas o cantar em coro, além de desenvolver a musicalidade e o autocontrole, também aproxima as pessoas, e é essa aproximação que permite o estabelecimento de relações de amizade, hierarquia, valores humanos e papéis sociais interdependentes, acrescentam os responsáveis por este grupo coral que, assim que a situação o propicie, tencionam realizar espetáculos de rua para a comunidade onde está inserido, nomeadamente junto do comércio local.

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O (In)temporal Chorus irá organizar a 30 de outubro um encontro de coros, no auditório Ruy de Carvalho, em Carnaxide, onde contará também com a participação de um grupo de professores de música do Centro Cultural de Algés. Esta participação tem como objetivo estimular a cooperação entre os vários agentes culturais e musicais que utilizam aquele centro como “sua casa”; pretende organizar, também, o «Mercado da Cultura», com animações de rua «para trazer as pessoas a Algés», revela Nadine Mesquita, acrescentando ainda que o grupo mantém contactos com a Câmara Municipal de Mafra para futuramente poderem realizar espetáculos nesse concelho da Área Metropolitana de Lisboa.

Para Nadine e Frederico, os espetáculos promovidos e produzidos pelo coro «têm que ter sempre qualidade elevada», por exigência própria e porque, de certa forma, «somos embaixadores da Câmara Municipal de Oeiras, que nos tem apoiado desde a nossa criação», lembrando ainda que vão atuar no início de outubro a convite do Coro do Metropolitano de Lisboa, no Auditório do Alto dos Moinhos.

Por último, Nadine e Frederico salientaram os apoios concedidos pela Câmara Municipal de Oeiras e pelo presidente Isaltino Morais, e reforçarem os agradecimentos a Rui Teixeira, presidente da União de Freguesias, a José Antunes, diretor do Centro Cultural de Algés e a Paulo Viana, diretor pedagógico do mesmo Centro. Os dois responsáveis por este grupo não quiseram deixar de dar uma palavra de agradecimento ao maestro Fernando Quintela e aos coralistas (também dirigentes) Mónica Peixoto, Alexandra Almeida e Bruna Pais e ao produtor José Almeida.

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