O uso de máscara na rua deixa de ser obrigatório na próxima semana. Esta é uma das medidas que faz parte da segunda etapa do plano de desconfinamento. A terceira e última fase do plano de desconfinamento, em que o Governo levanta todas as restrições, está prevista para outubro. Mas, o primeiro-ministro admite que venha a ser antecipada.
Em vigor desde outubro do ano passado, o uso obrigatório de máscara ao ar livre termina no próximo domingo, dia 12 de setembro. Para que a lei se prolongasse, a Assembleia da República teria de aprovar a renovação. Mas, todos os partidos com assento parlamentar vão deixar cair a lei, por entenderem que há condições para levantar a restrição. Contudo, não rejeitam a hipótese de voltar atrás, caso a pandemia a isso obrigue.
Já para a diretora Geral da Saúde, Graça Freitas, o avanço do processo vacinal contribui para uma menor circulação do vírus e, por isso, «o risco de transmissão ao ar livre é muito menor, e com 85% da população previsivelmente vacinada cm duas doses, a circulação do vírus será também muito menor».
Tanto para a diretora-geral como para o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, o uso da máscara vai passar a ser flexível já este mês. No entanto, sublinham que, nas situações em que não haja obrigatoriedade, deve imperar o bom senso.
Alguns especialistas temem que o fim desta lei venha cedo demais. Gustavo Tato Borges, vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, lembra que é necessário esperar 14 dias para atingir uma cobertura vacinal efetiva e recomenda que a obrigatoriedade se mantenha «até ao final de setembro».
«A verdade é que nós precisamos de esperar 14 dias depois de atingirmos determinada cobertura vacinal para que essa cobertura seja efetiva. Só daqui a 14 dias é que estas pessoas que levaram a primeira vacinação têm alguma proteção garantida», afirma o especialista.
A lei que impõe ao uso de máscaras na via pública caduca no próximo domingo. Em espaços fechados, a máscara continua a ser obrigatória. Ao ar livre passa a imperar o bom senso.